O vice-presidente do PSD, Rui Gomes da Silva, disse hoje que a RTP deveria recusar a contratação directa ou indirecta da jornalista Fernanda Câncio, porque ela tem «um relacionamento» com José Sócrates.
Rui Gomes da Silva adiantou que tem conhecimento desse relacionamento devido a "todas as notícias que saíram durante os últimos três anos".
Ridículo e a roçar o brejeiro.
Isto é o pântano da decência politica, para além de intelectualmente desonesto.
Um comentário:
Os pequeninos neste Portugal existem na medida em que querem parecê-lo, mas não querem sê-lo.
E em política, o que parece é...
Fernanda Câncio pode ter experiência televisiva, embora a tenha visto demasiado "assanhada" no Prós e Contras, num dos debates s/ o aborto...
A "pequenez" de Fernanda Câncio ficou aí patente, porque devia resguardar-se e mostrar-se mais comedida, já que semanas antes veio a público o seu relacionamento com o 1º ministro.
Era para todos os efeitos, a "sueca" do Sá Carneiro, como a esquerda eanista e comunista e alguma direita também atacavam a companheira do então 1º ministro, uma grande Senhora a Snu Abecassis, principalmente do ponto de vista humano e intelectual, pois era a editora da D. Quixote!
A "grandeza" de Fernanda Câncio devia residir desde logo numa recusa, pois ela sabe muito bem que quem a propôs não o fez inocentemente. Admito que ela ou o Sócrates não possam ter tomado essa iniciativa, mas alguém o tenha feito para se evidenciar ou colher favores futuramente. Favores com favores se pagam, mesmo que de forma muito rebuscada, indirectammente ou de forma ténue...
Em último caso, por uma questão de humildade, deveria ter chamado para formar parceria consigo, duas outras personalidades com peso na acção social e formar uma equipa.
Chocava menos uma situação dessas.
Porque quem assim não pensar, vai ter que admitir que a um ano de eleições, a modelo Carla Bruni possa vir fazer dez programas na RTF,sobre moda e passagem de modelos ou fotografia de nus artísticos, porque tem experiência e prática televisiva...
E certamente que a Segoléne Royal não irá achar graça nenhuma à brincadeira ao ver a 1ª dama Sarkozy a seduzir os franceses, seja a despir-se ou a vestir-se diante das câmaras...
A facilidade de alinhamento do programa com objectivos políticos do governo ficou implícito neste mesmo post. A legenda da 1ª vez que falou deste assunto num dos post anteriores quando deixava ficar a pergunta:
- Até onde falarão Socrates e a F. Câncio na sua intimidade, de problemas sociais?!
E esta "pequenez" vale igualmente para um Jorge Coelho, cuja matriz de esquerda e vinda da UDP, não tinha obrigatoriamente que passar ou subir a CEO da maior construtora do país.
Tal como Sócrates saído em sua defesa no Parlamento, acossado por Louçã, não podia ter respondido que era o que faltava que ele Sócrates não pudesse trabalhar mais depois de sair do Governo.
O que Sócrates tinha em mente não era essa permissão legal de regressar à Câmara da Covilhã e à assinatura de projectos para a Câmara da Guarda, já que que como muito bem sabe ninguém lha pode recusar. Todos têm o anterior cargo em aberto, para regressarem depois de cumprida a sua missão governativa.
Só que ele não estava a pensar mais em regressar à Covilhã. Ele estava a querer , tal como Coelho ou Fernanda Câncio pensam, em retirar benefícios pela sua situação privilegiada no poder.
E a Sócrates já não lhe chega a maior construtora nacional. No mínimo a maior construtiora Ibérica ou Europeia, pois ele não foi presidente do Comselho de Ministros da CE?!
Se Fernanda Câncio não fosse a namorada de Sócrates, nunca teria escrito aquele livro ou se o escrevesse não teria a tiragem que teve e assim sucessivamente...
O Portugal dos pequeninos está nisto mesmo: parece uma quinta ou uma coutada, só para os amigos!
A igualdade de oporunidades está truncada. E não pode ser assim. Nem se deve inverter o raciocínio para "ajudar à missa" desses senhores do poder...
Raúl Rego ( do velho PS), já o denunciava quando escreveu um livro nos anos 60 a denunciar a transposição dos governantes do salazarismo que saltavam da cadeira dos cargos públicos para os conselhos de administração das grandes empresas coloniais e não só...
Mas este Portugal dos pequeninosnão satisfeito com tudo isto, ainda vai mais longe na desfaçatez, com que pretende pintar este quadro vulgar.
Repare-se, que ainda ninguém foi capaz de explicar aos contribuintes que sustentam a RTP, quanto irá ganhar a dita, mesmo por via da tal contratação indirecta, necessariamente com custos acrescidos peloas comissões de quem lá a meteu, e até que ponto é que esse dinheiro gasto num programa a denunciar situações já por demais conhecidas de toda a gente, não seria mais útil e necessário a subsidiar programas de reinserção social ou outros nessa mesma área, que se faz crer, se irá beneficiar?!
Sim, porque não será com o programa que as coisas se irão resolver, como que por milagre ou condões de varinha mágica...
Até que ponto é que todo este cenário e protagonismo, não estão a desmobilizar outros programas e outras vocações mais sérias por esse país fora...
No limite, a Fernanda Câncio até podia era oferecer esses seus honorários para uma Instituição.
Não iria morrer à fome de certeza, pois só pelos artigos que escrevesse à margem, lhe asseguravam a sobrevivência.
Porque não o faz Fernanda Câncio?!
Porque razão são obrigados a fazê-lo e em situações mais precárias, 2 milhões de portugueses no limiar da pobreza?!
E outros dois milhões de contribuintes a quem lhe vão à reforma ou ao ordenado mínimo?!
O Portugal dos pequeninos no seu melhor! Ponto final parágrafo!
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