segunda-feira, 28 de abril de 2008

«Um novo paradigma de comunicação de massas»






O Presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, disse outro dia numa sessão pública que «as pessoas não estão satisfeitas com a comunicação social de que dispõem e, por isso, criam os seus próprios meios de comunicação através da Internet». Disse ainda que: «É como se estivéssemos a assistir à 'revolta dos escravos' onde, quem está insatisfeito, pode criar um blogue ou um sítio na Internet e fazer as suas notícias».
Alfredo Maia apontou a Internet como sinónimo da «democratização do espaço público» e como «um novo paradigma de comunicação de massas».
«As novas tecnologias permitem a comunicação sem mediação, tendo por base uma única fonte e sem a imparcialidade necessária», salientou o jornalista.
O fenómeno dos blogues e dos sítios na Internet possuiu, segundo frisou, uma dimensão «incalculável». «Há blogues que têm mais visitas que os sítios de muitos jornais considerados de referência», acrescentou.
A notícia que li no Diário Digital não esclarecia se o presidente do SJ apontou soluções para esta realidade.
Fica à reflexão dos interessados...se é que há tempo para reflexões.

4 comentários:

João Baptista Pico disse...

Soluções para esta realidade?!
Primeiro há que pensar se é mesmo de solções o que mais interessa analisar e se essas soluções não têm por mente "abafar" esta forma de expressão genuína e livre.
Segundo, se a hver algum a analisar , senão passava antes por questionar os "spin doctors" que procedem ao alinhamento das notícias e as fazem aparecer nos media com o mesmo cinzentismo e a mesma falsa neutralidade que nos choca e repugna.

Dou um exemplo.
Após a discussão sobre as barragens em 12/12/07 no Teatro de S. Pedro surgiu a mesma foto do mesmo interveniente em todos os jornais regionais e locais.

O sujeito não disse nada de nada a não ser que ficava sem uns hectares de vinha.
Imaginem ficar sem uns hectares de vinha e ninguém ter questionado se a borda d`água era mesmo o local mais indicado para a vinha, quando há tanta meia encosta por aí abandonada e mais soalheira.
Ninguém questionou que esses hectares de vinha mereciam mais era o cultivo de arroz ou de outros cereais ou demais alimentos de primeira necessidade.
O que qualquer informação isenta teria colocado.
Veio agora no Jornal de Abrantes oex-candidato da CDU com conhecimento do local dizer que a preocupação em defender a agricultura é "bluf", pois os terrenos estão todos ao abandono...
É verdade. Eu no meu blogue já o havia denunciado.
Então não havia melhor foto do que a do homem da vinha?!
E tinham todos que alinhar com a mesma?!
Será que não há fotografos?!
Esse monolitismo informativo talvez merecesse ser revisto, enquanto ainda houver jornais.

João Baptista Pico disse...

Não, não houve gralha eu concordei com o que disse no J Abrantes, o ex-candidato à Câmara da CDU de 2005, o Prof. Victória.
Discordei do senhor da vinha, que por acaso até era do CDS...
Aliás já pediu para sair de militante do CDS.
E continuo a achar que há mais terrenos agrícolas, mas sem reseva de água de nada servem.
E os espanhóis já estão a desviá-la do Tejo deles para Barcelona.
Não é estranho que nós estejamos a repelir essa mesma água?!
Agora o mais grave: nenhum grande jornal regional deixou passar esta questão do interesse estratégico da água!

Não é uma aberração monstra, logo no RIBATEJO?!

João Baptista Pico disse...

Ainda agora no blogue de alguns apoiantes de Ribeiro e Castro « atorredemanagem.blogspot.com», deixei ficar alguns reparos a João Mota Campos da direcção de Ribeiro e Castro e ex-Secretário de Estado da Justiça de Barroso/Santana, que de outra forma nunca viriam a público.
Os blogues estão a "forçar" certas aberturas que nunca seriam possíveis nos media. Isto vai parecer a princípio um pouco anacrónico e irão surgir alguns abusos de linguagem e até algumas frases menos ponderadas, mas era necessário que os cidadãos se abrissem mais.
Com o tempo irão amadurecer e fazer elevar mais o nível da discussão. E tomando-lhe o gosto, não vão querer outra coisa.
Pese o uso excessivo de "anónimos". Mas nem outra coisa seria de esperar por enquanto...
Os portugueses e os abrantinos no caso em apreço, estão demasiado fechados em si mesmos. Desconfiados de tudo quanto os rodeia. Até têm medo da água do Tejo. E desconfiam da cidadania.
Aliás, essa é a explicação porque entregaram o governo da cidade a um desconhecido.

Mas esses fantasmas cabe aos abrantinos vencê-los por si próprios. Há uma prova de vida que só eles a podem protagonizar.
O tempo o dirá!

João Baptista Pico disse...

Paradigma:
- a nova cota 24 para a albufeira de Almourol que vai ser em Montalvo e com túnel das sobras do rio Zêzere, mesmo à medida de deixar o açude sumerso e libertar a Fonte dos Touros à tangente, notícia que nem o Mirante online serviu em primeira mão.
Fui eu quem escreveu as primeiras notícias sobre a reunião desta tarde no INAG.
Também era o único abrantino prresente. E do Médio Tejo só mais o presidente António Mendes de Constância com quem troquei umas palavras muito interessantes a sós e depois ambos com o ministro do Ambiente, nos cumprimentos à saída.