terça-feira, 30 de setembro de 2008

Em observação








O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas está a criar o Observatório de Deontologia do Jornalismo, um espaço de debate “on-line” sobre a ética nas práticas da profissão, informou a edição “on-line” do jornal Público.
Trata-se de uma iniciativa que tem o propósito de «proceder à reflexão sobre ética e deontologia e à observação do jornalismo nos vários meios (imprensa, rádio, televisão e digital) e à crítica das práticas profissionais».
Além disso, refira-se que o Observatório vai contar com a participação de antigos e actuais provedores de jornais, rádios e televisões; presidentes do Conselho Deontológico desde 1970, e anteriores presidentes da Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas.

"O CASO 'LISBOAGATE' E A CULTURA DA CUNHA"











Dois pontos prévios, antes de citar a crónica de hoje publicada no Diário de Noticias:

1- é preciso coragem para escrever o que o João Miguel Tavares escreveu, especialmente sendo-se Jornalista;
2 - Começa a perceber-se porque é que,sendo uma história que se arrasta há 3 décadas, só agora tenha chegado à praça pública;
3 - Não há mal na atribuição de casas a preço social a jornalistas ou artistas. Afinal, a malta é pobre. O chato, mesmo chato, está na moral (até tu belzebu!!!)

"A cunha tem muito que se lhe diga. Toda a gente está disposta a condená-la e a apontá-la como uma das causas do atraso de Portugal, mas poucos, na prática, passam sem ela. Se Jesus, em vez de frequentar as terras de Israel, tivesse pregado nas margens do Tejo, teria dito à multidão em fúria: "Quem nunca meteu uma cunha que atire a primeira pedra." E aí todos baixariam a cabeça, começando pelos mais velhos, e iriam apedrejar para outra freguesia. É que a cunha não é um acto de corrupção, como enfiar notas na mão de um autarca. É, de forma bem mais cândida, driblar a máquina burocrática, pedir pequenos favores para o primo que é óptimo rapaz, tentar muitas vezes ajudar quem efectivamente precisa ou, como se diz na minha terra, ter um simples "olhamento".
Mas, claro, de cunhas bem-intencionadas está o inferno cheio. Veja-se o caso "Lisboagate". As primeiras notícias divulgadas pelo DN ainda vinham acompanhadas de um halo de santidade. Os abusos na atribuição de casas pela autarquia eram, afinal, justificados pelas melhores razões: do Presidente da República à esposa do primeiro-ministro, todos metiam cunhas e pediam casas, mas sempre a favor do pobrezinho desamparado. A cunha, boa parte das vezes, não beneficia directamente o próprio e é feita com o argumento de reparar uma injustiça. O problema é que, sem a existência de regras claras e justas, passa a haver uma espécie de fotogenia da pobreza: beneficiam aqueles que melhor comoverem os poderosos. Claro que atrás do pobre vem o motorista do Presidente que mora longe, coitado, e atrás do motorista vem a funcionária que se divorciou e não tem para onde ir, e atrás da funcionária vem o filho da funcionária, que também é filho de Deus.
A partir daí, nessa avalanche de cunhas e favores cabe tudo, e tudo se mistura. Quando o caso "Lisboagate" atinge um nome como o de Baptista-Bastos, é porque algo está podre no reino da Dinamarca. Numa breve troca de mails, Baptista-Bastos negou-me ter tido qualquer comportamento "reprovável" e eu não tenho qualquer razão para pôr em causa a sua verticalidade. Mas também não tenho dúvidas de que ele jamais deveria ter recorrido à câmara para conseguir uma casa. O escritor Baptista-Bastos, que já tanto deu a Lisboa, podia ter direito a ser ajudado numa altura de dificuldade, como parece ter sido o caso. O jornalista Baptista-Bastos, não. Porque pediu um favor ao poder autárquico. Porque auferiu de um privilégio vedado ao cidadão comum. Que alguém que sempre foi tão moralmente exigente nos seus artigos de imprensa não perceba isto faz-me confusão. Quem, como ele, acredita na nobreza do jornalismo, tem de reconhecer uma cunha quando a vê. E, sobretudo, deve reconhecê-la quando a mete."

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Especialista em Jornalismo dá conferência em Abrantes














José Luís Dader, Professor Catedrático da Universidade Complutense de Madrid, vai apresentar, no próximo dia 29, pelas 17h00, na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), uma conferência intitulada "Os desafios actuais da tecnopolítica em campanhas eleitorais".

Com o objectivo de se envolver cada vez mais com a comunidade envolvente, a ESTA abre as suas portas a todos os interessados e convida o público em geral a participar neste evento.

Parabéns à ESTA pela iniciativa. Assim, está bem!

Regresso ao Parlamento II













"A propósito da caixa de velocidades, o que tenho a dizer é que o PCP continua no mesmo sítio, isto é, em ponto-morto, igual a si próprio."
José Socrates

No regresso do Parlamento I













"Há de facto uma mudança, mas tem sido no sentido de retrocesso. O Governo usa a marcha-atrás, particularmente no plano social."
Jerónimo de Sousa

sábado, 20 de setembro de 2008

Paulo Portas em grande...











...nos fatos!


Paulo Portas iniciou-se na temporada parlamentar com o ego abafado, perdão, afagado. Não por ter subido nas sondagens, mas por uma questão de elegância.
É que o filho de Helena Sacadura Cabral foi esta semana referenciado como um dos políticos mais bem vestidos do mundo, num fórum de um prestigiado sítio da Internet norte-americano dedicado ao vestuário masculino.
No post, Portas é descrito assim:
“Conheça Paulo Portas, membro do Parlamento Português, um conservador que já foi ministro da Defesa, próximo do Estados Unidos e de Donald Rumsfeld” (ai é?)
O texto é complementado com três fotos onde aparece impecavelmente vestido com 3 clássicos modelitos de fato e gravata.
O facto não escapou ao “P2” do “Público” que apresenta, sobre o assunto, duas sóbrias conclusões:
1) Se Portas fizesse política nos EUA, talvez o CDS subisse uma bocadito nas sondagens
2)José Sócrates, mesmo sabendo que gravatas e fatos não dão subida nas sondagens, deve estar roidinho de inveja”

Marco António quer 3 000 mulheres...







Bem…que viril!!!
Nada disso, suas mentes perversas.
Leio na imprensa que o presidente do PSD/Porto, Marco António Costa anda atarefado na mobilização de um número de mulheres suficientes – 3 mil – para cumprir as quotas definidas para as listas candidatas às três eleições de 2009.
Presumo que tal tarefa se replicará noutros partidos e em todas as regiões.
À conta da quota, e não da competência…
de resto, como é hábito!
Que tal um anuncio no Jornal, caro Marco?
De facto, esta coisa das quotas é, no mínimo, deprimente!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Parabéns ao Jornal "O Mirante"








...que recebeu hoje o Prémio Gazeta Imprensa Regional, numa cerimónia com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva.

Para a atribuição da distinção o júri do concurso considerou O MIRANTE um jornal “graficamente cuidado” que edita semanalmente “extensa e diversificada informação plural da vida ribatejana nas áreas da sociedade, cultura, economia, política e desporto”.

Os prémios Gazeta foram criados em 1984 e têm como objectivo a valorização dos jornalistas portugueses e o estímulo da qualidade do jornalismo talento e criatividade. O Prémio Imprensa Regional é atribuído desde 1991. Os prémios evocam na sua designação o primeiro jornal português, a “Gazeta”, cuja publicação se iniciou em 1641.

Recordo-me que, em tempos, também o Jornal "Primeira Linha" foi agraciado pelos prémios "Gazeta"..., nos primódios da publicação....


Na cerimónia foram também distinguidos Joaquim Furtado, com o Grande Prémio Gazeta 2007 pela série de reportagens sob o título genérico “A Guerra” transmitidas pela RTP no ano passado, e o jornalista João Luz, colaborador da revista “Visão”, foi contemplado com o Prémio Gazeta Revelação. O troféu Gazeta de Mérito foi atribuído a Eduardo Gageiro, uma “figura impar do fotojornalismo português”, que em mais de 50 anos de actividade profissional obteve várias distinções nacionais e internacionais.

O Júri dos Prémios Gazeta 2007 teve a seguinte composição: Daniel Ricardo (CJ), Elizabete Caramelo (professora universitária), Eugénio Alves (CJ), Eva Henningsen (Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal), Fernando Cascais (director do Cenjor), Fernando Correia (jornalista e professor universitário), Guiomar Belo Marques (Free Lancer), Jorge Leitão Ramos (crítico de cinema e televisão) e José Rebelo (professor universitário).