terça-feira, 31 de março de 2009

O spinner de Obama



Para David Plouffe, na política, haverá um antes e um depois da campanha de Obama. E é natural que a partir daqui outros a imitem: voluntários a bater a todas as portas, conquistar os votantes que se costumam abster, usar a Internet e as redes sociais para passar a mensagem. Não há mal em imitar. O mal está é no imitar mal e não ter em atenção as realidades. Alguns irão falhar, certamente. Até porque nem todos têm um Obama para eleger.
...(continua)

quinta-feira, 26 de março de 2009

A twittar





Os alunos das escolas primárias deverão dominar ferramentas baseadas na Web como blogues, podcasts, Twitter e Wikipedia.Em contrapartida, os alunos destas classes deixarão de ter como obrigatório o estudo de certos períodos históricos, como a época vitoriana ou a II Guerra Mundial (extensamente coberta no programa do secundário). O fim da rigidez dos programas deverá ser outra novidade, com os alunos a ter mais a dizer sobre a matéria.

Não, não é cá!
Vai ser em Inglaterra e é o "Público" que conta a história, e os factos, na edição de hoje.

domingo, 22 de março de 2009

Pelos vistos parece que a democracia anda mesma alterada









A semana terminou com uma insurreição em torno de um anúncio de auto-promoção da Antena 1.
E, pasme-se! A RTP já cede à CGTP! Fantástico!
E o que dizer sobre as virgens ofendidas oriundas da Soeiro Pereira Gomes, de imediato prontas a saltar para arena mediática? Tanto cinzentismo! Definitivamente, há coisas e organizações que nunca mudam.
E a hipocrisia, que é uma coisa danada ali para as bandas da São Caetano à Lapa.!
A entidade Jota pode manifestar a sua criatividade, justificando-a em nome da liberdade de expressão (ou já todos nos esquecemos do cartaz do Pinóquio?). Mas quando se trata de outras entidades, aqui d’el Rei! Dois pesos e duas medidas?
E o que pensar da postura dos insuspeitos provedores do ouvinte e do espectador, que num parecer conjunto consideraram que o conteúdo do spot "veicula uma mensagem de tom antidemocrático, violadora de um direito constitucional"? Ora essa! A Constituição diz que temos direito à greve, mas não diz que é proibido dizer mal da greve. Mas o spot diz mal da greve? Eu não acho! Pelo menos, não lhe fiz essa leitura.
E, sim, estamos a falar de um spot, não de uma nota informativa. Estamos a falar de uma campanha criativa. Liberdade de criação, sabemos o que é? A liberdade de criação intelectual, artística e científica é uma manifestação (sim, manifestação) particular da liberdade de expressão do pensamento, encontrando-se o seu exercício protegido pela proibição constitucional de qualquer tipo ou forma de censura.
Amplamente crucificada foi a Jornalista Eduarda Maio por ter emprestado a voz à campanha. Estranho também aqui a postura dos dois provedores, ao manifestarem “reserva” pela participação da jornalista. Sendo dois homens de comunicação deveriam saber, ou pelo menos contribuir para esse esclarecimento, que o jornalista está proibido, na lei e na conduta, de dar voz e imagem à publicidade, mas não há nada que o proíba, na lei e na conduta, na participação em campanhas de auto-promoção dos media para onde trabalham.

sábado, 21 de março de 2009

Boa disposição







Uma mão de Lucílio Baptista e outra de Quim.
Levem lá a Taça!
Como diz o outro: é a vida!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Jovens que vencem








Tiago Aperta, o jovem lançador do Sporting Clube de Abrantes, bateu, uma vez mais, o recorde nacional de juvenis na disciplina de lançamento do dardo ao arremessar o engenho a uma distância de 63,79 metros, durante a IX edição da Taça da Europa de Lançamentos, realizada em Tenerife (Espanha) nos dias 14 e 15 de Março. Recordista nacional e campeão nacional em lançamento de dardo, em juvenis, Tiago Aperta bateu agora novo recorde nacional em juvenis, mas no lançamento do dardo sénior. O atleta de Abrantes destacou-se entre os melhores europeus. Ficou classificado na 11ª posição da geral, sendo o único atleta juvenil a competir no conjunto de atletas seniores. Tiago Aperta iniciou a sua formação na então escola municipal de atletismo – Abrant’Athletics, sob orientação do professor Manuel João Gonçalves, que continua a ser o seu treinador, ao serviço do Sporting Clube de Abrantes.

sábado, 14 de março de 2009

E tu, o que é que podes fazer pelo teu país?












Ai, e tal, ando muito ocupada (o)...
Ai, e tal, não tenho nada a ver com isso...
Bla,bla,bla
E se prescindíssemos das lamurias do costume? E se fossemos mais participativos? Isso é cidadania.


Propostas para um Portugal mais positivo, realizador e livre.

Num ano em que se decidem três eleições e o país está mergulhado numa crise de esperança, há um desafio para preencher um formulário com ideias que ajudem a construir um Portugal melhor e mais solidário. A NOSSA contribuição será divulgada nos sites SIC, Expresso, VISÃO e AEIOU e entregue, no dia 25 de Abril de 2009, data em que se comemoram os 35 anos da Revolução dos Cravos, ao Presidente da República, a todos os grupos parlamentares, ao Conselho de Ministros, à Associação Portuguesa de Municípios e a diversas organizações representativas da sociedade civil.

Três destinatários, três temas, três propostas.


é só procurar nos sites da SIC, EXPRESSO ou VISÃO.

domingo, 8 de março de 2009

é só para dizer que fui ali cortar os pulsos








Será que mudou de assessor de imagem?
Tenho cá para mim que até sei quem é. A semana promete!!!!

Não resisto e vou fazer um copy do post do Luís Carvalho (http://instantefatal.blogspot.com/)

Reza assim:
"Faltava a Manuela Ferreira Leite uma imagem, um ícone, uma marca. Hoje a líder da oposição deu um sinal, criou uma moda, vai deixar finalmente qualquer coisa de visual para se lembrarem dela no futuro.
Churchil tinha o charuto, Che tinha a boina, Salazar as botas, Spínola o monóculo, Marcelo a prancha de surf...todo o grande líder tem o seu objecto de culto. Manuela Ferrreira Leite vai ser lembrada pelos seus óculos bestiais, giros, radicais, ousados, jovens, aerodinâmicos. Apresentou-se hoje assim ao público e vai ter mais influência no mundo da moda do que aquele vestido transparente da Fátima Lopes um dia passado pela Cláudia Mergulhão.
Se se dizia há uns anos que Maria Barroso se vestia na Dior e Manuela Eanes na Pior (ao que consta uma boca de Ventura Martins) agora podemos dizer que Sócrates veste-se de Prada e o Diabo usa óculos !!!..."

"i"













Não sei quem seja o padrinho, mas gostei do nome do novo jornal diário que será lançado pela Sojormedia: "i".

O “I” chega em altura de instabilidade. Como as adversidades podem ser oportunidades, espera-se que venha aí uma pedrada no charco.
Para já, podemos espreitar as instalações onde o “i” está a incubar: mais de 1.300 metros quadrados, divididos em dois pisos, num dos edifícios do Tagus Park, em Oeiras.
Roubei a imagem do blog do Paulo Pinto Mascarenhas (http://abcdoppm.blogs.sapo.pt/), e juro: estou cheia de inveja. Mas, é uma inveja saudável. Não stressem!!! Não tenho más intenções.

Quanto ao nome do jornal, explica Martin Avillez, o Director, "não há nenhuma razão especial" que explique a escolha, "a não ser a convicção de que uma marca é o que fez dela". Tem razão!

O novo jornal irá adoptar uma fórmula diferente de dividir os temas, com secções com nomes que fogem ao tradicional: Radar, Zoom, Mais e Desporto.

Segundo o jornal “Público”, Radar será como a "zona chave do projecto", a secção onde o leitor fica a "saber o que se passa" e que remete para a Zoom, onde se poderão "perceber" melhor os temas que o jornal escolhe para desenvolver. "Uma proposta de aprofundamento do que é noticiado no Radar”, acrescentou.

No interior do jornal, a Mais será a secção "para sentir" as tendências mais criativas, onde se tratarão de temas de cultura e entretenimento.

O novo jornal pretende ser "um órgão de informação moderno, objectivo, voltado para as classes A, B e C+", ou seja, as altas e médias-altas, disse o administrador do Jornal, Francisco Santos.
Ora, este é o momento em que pego na tesoura e corto.
Um jornal para classes altas e médias-altas???? Mas quê, vai dedicar-se a acompanhar os momentos de glória da Lili Caneças e da Paula Bobone? Vai recorrer a uma linguagem sofisticada?
Ou o administrador explicou-se mal, ou há aqui qualquer coisa que não bate certo.
De qualquer forma, longa vida ao “i”.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Crise e criatividade










Li na blogosfera que um famoso jornal suíço acaba de instituir uma norma, no mínimo curiosa: os jornalistas da publicação devem abster-se de usar a palavra “CRISE”, nos títulos dos artigos que escrevam sobre a actual situação económica.
Ena, ena…que grande desafio ao exercício de criatividade.

E que tal um desafio nesta linha aos nossos jornais???

domingo, 1 de março de 2009

Os espinhos do congresso e a rosa de Sócrates










Pela positiva:
Claramente, José Sócrates é o político do marketing. Quem entrasse no congresso de Espinho, meramente movido pela curiosidade, ficaria obviamente deslumbrado. O marketing político do PS (Nacional) funciona de forma irrepreensível. O PS deu um claro salto em frente na comunicação política no país. O PS soube gerir a informação e as oportunidades mediáticas. Sócrates reservou, sem direito a fugas de informação, o prime-time para tirar o coelho da cartola e anunciar – Surpresa -, Vital Moreira, uma verdadeira rosa para avermelhar o socialismo de esquerda. Cuidado porque Vital Moreira é péssimo comunicador de massas. Excelente a escrever, mas não chega.

As propostas sociais de Sócrates. Embora, tenha sabido a pouco.

Empolgante a intervenção de Francisco Assis, um bom quadro que o PS tem vindo a descurar. É pena!

O apagão deu um belo contributo para atenuar a crise: pelo menos nos bares de Espinho.

A frase: “A democracia não conhece feriados, nem tira férias”. (Sócrates)



Pela negativa:

A campanha negra tomou conta do Congresso de Espinho. Tão negra que deu em apagão e as más línguas bloguistas já dizem que foi José Manuel Fernandes que apagou as luzes. Com a ajuda da Manela da TVI. A arena política é o cenário mediático, para bem e para o mal. Socrates esteve mal no ataque à CS. Não deixará de ter as suas razões, mas fez mal em atirar a lança ao mensageiro nesta altura do campeonato. Se há imprensa que não cumpre com rigor o dever de informar, queixe-se à ERC. É para isso que existe a entidade reguladora.

Os ataques ao BE deram-lhe, ao Bloco, projecção mediática.

Falta de chama.

Salvo raros momentos, o congresso parecia despido de congressistas. As mesas de cor branca denunciavam essa ausência.

Faltou a bandeira da regionalização.

Lamenta-se que a Moção de Fonseca Ferreira tenha tido poucos votos.

Por último:
É escandaloso que a RTP não tenha (pelo menos) transmitido em directo o discurso de encerramento. Pode dizer-se, ah pois, mas estava na RTP N. Ora bolas, a RTP N (embora seja serviço público) está no cabo. Em resumo: não está ao alcance de todos.

Claramente, neste ano eleitoral, particularmente nas legislativas, estaremos a referendar a credibilidade do Primeiro-Ministro. É pena! Eu preferia avaliar políticas, ideias, propostas.

Finalmente: Há muitos anos (estou a ficar velha, mas matreira) que acompanho, embora à distância, congressos. Gosto de os analisar sobre vários prismas, de comparar a cobertura que deles fazem os media. De tirar as minhas próprias conclusões e delas dar conta a quem bem me apetece.
Sendo certo que as directas devolveram a democracia às bases dos partidos, o que é facto é que os congressos perderam chama, debate e conteúdo político.