segunda-feira, 28 de abril de 2008

«Um novo paradigma de comunicação de massas»






O Presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, disse outro dia numa sessão pública que «as pessoas não estão satisfeitas com a comunicação social de que dispõem e, por isso, criam os seus próprios meios de comunicação através da Internet». Disse ainda que: «É como se estivéssemos a assistir à 'revolta dos escravos' onde, quem está insatisfeito, pode criar um blogue ou um sítio na Internet e fazer as suas notícias».
Alfredo Maia apontou a Internet como sinónimo da «democratização do espaço público» e como «um novo paradigma de comunicação de massas».
«As novas tecnologias permitem a comunicação sem mediação, tendo por base uma única fonte e sem a imparcialidade necessária», salientou o jornalista.
O fenómeno dos blogues e dos sítios na Internet possuiu, segundo frisou, uma dimensão «incalculável». «Há blogues que têm mais visitas que os sítios de muitos jornais considerados de referência», acrescentou.
A notícia que li no Diário Digital não esclarecia se o presidente do SJ apontou soluções para esta realidade.
Fica à reflexão dos interessados...se é que há tempo para reflexões.

domingo, 27 de abril de 2008

A casa da democracia à distância de um clique












A actividade parlamentar está a tornar-se mais acessível à sociedade civil.
O novo site sobre o funcionamento da Assembleia da República, é uma feliz iniciativa conjunta da SIC, Rádio Renascença (RR) e ‘Expresso’.

"Parlamento Global’ é um projecto multimédia que arrancou na internet e que tem como “objectivo dar visibilidade aos assuntos políticos, levando a actividade do Parlamento à sociedade civil”.
Para gerir e alimentar o site foi criada uma mini-redacção em São Bento, liderada pela jornalista da SIC Anabela Neves e onde estão a trabalhar também Dina Soares, da RR, e outros quatro jornalistas contratados especificamente para o projecto.
No ‘Parlamento Global’, os internautas têm acesso às biografias dos deputados, filmadas em vídeo com os próprios a se apresentarem, a contarem como foram parar à política e o que fazem nos tempos livres. No total, estão disponíveis 201 vídeos e, como explicou Anabela Neves, a coordenadora do projecto, só 29 deputados não aceitaram participar. NOTA: já agora, seria interessante saber porquê????
Os mais novos também podem começar a ter contacto com a política no ‘Parlamento Global’. A zona infantil é dedicada inicialmente ao Parlamento e para o arranque foi escolhido o tema ‘Um dia na vida do Parlamento’, que consistenumavisitaguiadaa crianças à Assembleia. O presidente, o socialista Jaime Gama, foi o escolhido para explicar aos mais novos como funciona a Assembleia da República.
O site está disponível em: www.parlamentoglobal.pt

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Salgueiro Maia











"Se um homem pode ser um símbolo, então é isso que Salgueiro Maia é. Foram, é certo, muitos os jovens que fizeram do 25 de Abril uma obra colectiva. Como é verdade que são muitas as razões que explicam que tivessem avançado os que avançaram, no momento em que avançaram. Mas se procuramos um rosto para simbolizar o 25 de Abril, então esse rosto é o do jovem capitão de Cavalaria que, à uma e meia da madrugada desse dia do nosso contentamento, acordou os seus homens, na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, para marchar sobre Lisboa, duas horas depois, e derrubar o Governo.
"Charlie oito", nome de código de Salgueiro Maia, foi o braço armado do golpe de Estado, e, simultaneamente, o homem que abriu a porta à revolução, na forma como se relacionou com o povo, no teatro dos acontecimentos. Sobre ele, é fácil reunir adjectivos qualificativos. Pode dizer-se que era um homem simples, pelas raízes vindas do povo, mas, também, pela forma como sempre recusou honrarias e benesses. Mas dizer isto, é dizer pouco.
Elevado à condição de "estrela" maior do MFA, pela população que, sem cessar, o vitoriou nas ruas, Salgueiro Maia saiu de cena, quando terminou a sua acção militar. Quando a soberania foi devolvida ao povo, muito por virtude da coragem e da inteligência de que deu mostras. E saiu pelo seu pé. Sem ser empurrado.
Humildade, rigor, honestidade, comportamento democrático, sobriedade no trato mas permeada por uma grande humanidade, eis algumas coisas que, com justiça, se podem dizer deste homem generoso e impoluto. Porém, a revolução e a vida foram-lhe madrastas, apesar de ter conquistado, por direito, um lugar na História. "Ditosa pátria, que tais filhos tem", diz o poeta. Maia é um desses filhos, um dos raros. Portugal tem, para com ele, uma dívida irresolúvel. "Desterraram-no" para os Açores, puseram-no a comandar o Presídio militar de Santa Margarida, a ele, que fundara a Liberdade, recusando os louros e o arco do triunfo."
Fonte: Mário Contumélias - JN

quinta-feira, 24 de abril de 2008

25 de Abril Sempre!











"Era um Abril de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.
Era um Abril comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil
Abril sem adjectivo Abril de Abril.
Era um Abril na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.
Abril de vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.
Era um Abril viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.
Era um Abril de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas."
Manuel Alegre

Notícia de última hora
















"Sou Candidato!"
Bolas! estava aqui uma pessoa sem saber se era, se não era...que desespero! Que maldade!
Como é que podia não ser?
Ele tem uma pedra no sapato!
Ele continua a ser um "enfant terrible".
Em resumo: ele não aprendeu com o passado.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

As armas e os barões assinalados




























A Drª Ferreira Leite anunciou ao país que avançava para uma candidatura à liderança do seu partido, através de uma nota enviada à Agência Lusa, às 07h00 de ontem.
Ena! a senhora baronesa (feminino de barão partidário - coisa estranha) para além de rigorosa é madrugadora.
Créditos da imagem: Henri Cartoon.

sábado, 19 de abril de 2008

e por Santarém já se apara a relva










«Pedro Passos Coelho, candidato à liderança do PSD, está a reunir apoios entre vários sectores do partido que vêem nele um sinal de ruptura e, até, como foi dito, o "Barack Obama" dos sociais-democratas.
Esta sexta-feira, o antigo líder da JSD tinha reunido os apoios influentes de Miguel Relvas, membro do governo de Durão Barroso, do economista Nogueira Leite, secretário de Estado com Cavaco Silva, do deputado Almeida Henriques e da ex-chefe de gabinete de José Luís Arnaut, Rita Marques Guedes.»
FONTE: Mirante

O sr. Jardim procura tropas

























Parece o Alberto João à procura de tropas no Continente.
«Como não tenho tropas, não vale a pena fazer efabulações sobre isso». Para Jardim, «um general não deve ir a batalhas se não tiver tropas, mas tem pena porque sabe muito bem como ganhar eleições».
Ena, ena! tamos cheios de medo, bla, bla, bla
Não bastava o circo ter chegado à cidade, faltava mesmo o domador.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

“golpe puro”




























Em vez de uma Abrilada, acho que o que aí vem se assemelha mais a um golpe de rins!
A táctica do pobre calimero costuma ser eficaz, até na política.
E, não é que o Drº Menezes se esqueceu de perguntar qual era a melhor altura para directas. Que maldalde, drº!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Basta!
















...disse Menezes, 6 meses depois. Canciou-se e vai-se!
A Fernanda deve estar com um sorriso pepsodent do tamanho....ia escrever de uma laranja, mas parece-me mais adequado, de uma abóbora.



Grande Abrilada, Drº Menezes!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Assim vai a imprensa livre na Madeira















Os socialistas da Madeira vão apresentar queixa ao Ministério Público, contra o Jornal da Madeira (JM) por alegado dumping nos preços da publicidade (com preços de venda inferiores ao preço de custo) e consequente distorção das leis do mercado, apurou o DN. Vai daí, arrolaram como testemunhas as administrações do Diário de Notícias do Funchal e do grupo Liberal, que detém o semanário Tribuna da Madeira e o jornal gratuito Diário Cidade. Uma situação que tem vindo a agravar-se desde 1 Janeiro deste ano, data em que JM passou a gratuito.
Sobrevivendo à custa do orçamento regional, uma estimativa de 15 anos de subsídios do governo de Alberto João Jardim revela um total 34 milhões de euros, ou seja, 6 mil euros por edição/dia. Este valores não incluem a publicidade que o Governo Regional canaliza para o Jornal da Madeira. Por exemplo, enquanto o Jornal da Madeira beneficiou de 234,25 páginas, o DN Madeira teve 9,75.
Estas oposições são mesmo queixinhas!!!! Os jornais que não vivem à custa do orçamento regional não têm língua? Língua até podem não ter, mas dedinhos para teclar têm certamente. Pelo que se vê andam é um bocadinho empenados.
Por outro lado, e contrariando a decisão de o governo da República proibir os governos regionais e autarquias de serem proprietárias de órgãos de comunicação social, Jardim já garantiu que irá manter os subsídios ao jornal, a pesar das auditorias do Tribunal de Contas (TC) não serem nada meigas. Olha a novidade!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Canal História estreia produção nacional sobre o Estado Novo


























Crime Continuado é o título da mini-série que o canal História vai estrear no próximo dia 25 de Abril. Com dois episódios de cerca de 50 minutos cada, a produção retrata o período da ditadura de Salazar, assinalando deste modo, a revolução dos cravos. A produção é assegurada pela produtora Brave Ant, estando a realização a cargo de Rui Pinto de Almeida. O realizador e a directora de produção do canal História, Mercedes Rico, irão na próxima quarta-feira apresentar o projecto, tendo como cenário a antiga prisão do Limoeiro.

domingo, 13 de abril de 2008

Murat processa jornais britânicos por difamação







Robert Murat quer processar 11 jornais britânicos e o canal de televisão Sky News por difamação num processo que lhe pode render mais de mais de dois milhões de libras (2,5 milhões de euros), de acordo com um especialista citado pelo semanário britânico "The Observer".
Foi uma jornalista inglesa do Sunday Mirror, Lori Campbell, quem dirigiu as atenções da polícia para Murat, uma vez que considerou que este tinha um comportamento suspeito.
Num artigo intitulado "Porque é que denunciei o suspeito de Maddie", a jornalista explica que "havia qualquer coisa de evasivo, um embaraço em Murat que me fazia sentir muito desconfortável".
Robert Murat, durante muito tempo o único suspeito na investigação, foi objecto de muita atenção por parte da imprensa, que investigou toda a sua vida e o seu passado.
Murat sempre reclamou a inocência, tendo afirmado que fizeram dele "um bode expiatório para qualquer coisa que não tinha feito".
Em comunicado, a sociedade de advogados Simons Muirhead & Burton confirmou que "representa Robert Murat em vários processos por difamação contra a Sky, The Daily Express, The Sunday Express, The Daily Star, The Daily Mail, The Evening Standard, The Metro, The Daily Mirror, The Sunday Mirror, The News of the World, The Sun e The Scotsman".
Estou curiosa por saber como é que esta gente se vai defender.

Um jornalista não deve ser notícia, mas...

























...Ferreira Fernandes também é dos que pensa, logo escreve. Eu, transcrevo, por concordar com o que pensa :
"Foi na sede do PSD a conferência de imprensa. E foi o vice-presidente Rui Gomes da Silva a falar. Ontem, ele disse que a RTP não devia contratar a jornalista Fernanda Câncio porque esta tem "um relacionamento com o primeiro-ministro". E concluiu: "Em política o que parece é." Aquela conferência de imprensa pareceu-me tola. E, como mais política não podia ser (na sede do PSD e com o vice-presidente), parecendo tola, foi.
E tendo sido tola porque sendo política o parecia, foi tola também porque os argumentos de Rui Gomes da Silva foram tolos. Pequenez sobre a qual eu era capaz de generosamente deitar um manto, não fosse ela também uma pulhice.
Quando dei por Fernanda Câncio, lendo-a, eu não saberia dizer quem eram, politicamente, três dos actuais líderes dos cinco partidos nacionais: José Sócrates, Luís Filipe Menezes e Jerónimo de Sousa. Quem?!!... Só de raspão teria ouvido falar deles. Conhecidos, só Paulo Portas (e como jornalista) e Francisco Louçã, com quem eu tinha andado num mesmo pequeno partido. Já Fernanda Câncio, jornalista, eu conhecia pelo seu trabalho...
A RTP contratou Fernanda Câncio para ela fazer aquilo que faz há anos com mérito: reportagens sobre questões sociais. A Câncio é repórter, já trabalhou em televisão (na SIC) e as questões sociais são a sua área de especialização. A RTP não a contratou para um cargo, mas para um trabalho. Por chicana política, por julgar que ganha pontos sobre o partido do Governo, um partido da oposição não se importou de insultar uma trabalhadora, enquanto trabalhadora. Rui Gomes da Silva insultou-a dizendo que a RTP a foi buscar "única e exclusivamente por razões que são de todos conhecidas". E que essas razões são "um relacionamento com o primeiro-ministro".
Pois a mim mais natural me parece que se contrate Fernanda Câncio como repórter do que Rui Gomes da Silva para dizer coisas em nome de um partido. Leio o que ainda esta semana Fernanda Câncio escreveu no DN, leio a conferência de imprensa de Rui Gomes da Silva, e se há que suspeitar de alguém por andar às cavalitas de alguma cunha, não é na jornalista que penso.
Fernanda Câncio tem "um relacionamento com o primeiro-ministro". Tem? Pois aí está outro mérito: conhecem fotos dela com o primeiro-ministro? Há-as, mas só tiradas à socapa. Conheço mais fotos de Rui Gomes da Silva com ex-primeiros-ministros. Num país de apêndices militantes, gente que se baba por frequentar os poderosos - e faz gala de o mostrar -, haja alguém como a Câncio que, se anda com o primeiro-ministro, não aparece. Essa é que era a frase, Rui Gomes da Silva: se não aparece, é. A Fernanda Câncio é."
Está escrito!

sábado, 12 de abril de 2008

Portugal dos pequeninos

















O vice-presidente do PSD, Rui Gomes da Silva, disse hoje que a RTP deveria recusar a contratação directa ou indirecta da jornalista Fernanda Câncio, porque ela tem «um relacionamento» com José Sócrates.
Rui Gomes da Silva adiantou que tem conhecimento desse relacionamento devido a "todas as notícias que saíram durante os últimos três anos".

Ridículo e a roçar o brejeiro.
Isto é o pântano da decência politica, para além de intelectualmente desonesto.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A liberdade tb passa por onde se fala dela












...por falar em democracia, e agora que Escola Prática de Cavalaria está em Abrantes, talvez fosse interessante que se evocasse por cá a figura de Salgueiro Maia.

"A qualidade desta democracia"




"Uma jornalista apresenta um projecto de documentários a uma produtora de audiovisual. A produtora acolhe o projecto e apresenta-o a um canal público de TV, que encomenda os documentários. Um partido político resolve tratar esta decisão como uma "contratação" da jornalista para o canal público e qualifica-a de "pornográfica", anunciando um "requerimento" para "pedir explicações". E que apresenta o partido, como fundamento de tão trepidante indignação e fino palavreado? A inexperiência televisiva da jornalista (falso); as suas opiniões (intolerável); a sua vida privada (abjecto).
Não, não sucedeu na Venezuela de Chávez nem na Rússia de Putin, para nos ficarmos apenas por países com democracias, digamos, de qualidade duvidosa, e onde a intimidação ostensiva de jornalistas é comum. Foi por cá e o partido dá pelo nome de PSD - o mesmo que enquanto se diz "muito preocupado com a qualidade da democracia portuguesa" interdita congressos a jornalistas por "não serem confiáveis".
O que, convenhamos, bate certo, deprimentemente certo. Um país no qual um partido que foi de Sá Carneiro, que forneceu o actual presidente da República e que ainda hoje pretende ser alternativa credível de governo acha que se pode permitir este comportamento de ditador carroceiro é um país no qual a qualidade da democracia deixa a desejar. Não tanto, claro, que este tipo de gesto dê dividendos; não tanto que não se erga, da esquerda à direita (sobretudo na blogosfera) um coro de indignações, a que se junta a do Sindicato dos Jornalistas, acusando este atentado à constitucionalmente sagrada liberdade de expressão - mas é pouco, como consolo.
Sabemos que o carácter precioso da liberdade tem, para muita gente, dias - como quem diz cores, cartões, conveniências. Só que quando dirigentes partidários com assento no parlamento e passagem por cargos governativos acham que podem imiscuir-se, publicamente e sem qualquer disfarce, nas opções editoriais de um canal público e na liberdade profissional de um jornalista, procurando condicionar o primeiro e assumindo a pura perseguição pessoal do segundo, ante o silêncio da maioria das sentinelas dos fascismos que amanhecem e a cumplicidade acéfala de outros jornalistas - aqueles que seguram o microfone e a caneta e a quem jamais ocorre a pergunta óbvia, a saber, qual é mesmo o problema do PSD com esta jornalista -, chegou-se a um novo patamar. Aquele em que tem de se explicar tudo do princípio. O que é um jornalista e para que serve, o que é a vida privada e para que não deve jamais servir. Em suma: o que é a civilização e a democracia. E a decência, já agora. Sabendo, claro, que há mentes pornográficas nas quais nenhum princípio tem guarida".

Fernanda Câncio
jornalista

comentário: Toma, e embrulha!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Multadas













Duas jornalistas do Correio da Manhã (CM) foram condenadas no final de Fevereiro ao pagamento de uma indemnização de 15 mil euros por "danos morais" a Manuel Alegre. Uma nota do gabinete do vice-presidente do Parlamento Manuel Alegre dá conta da sentença proferida em 29 de Fevereiro com a condenação das jornalistas. A sentença resulta da "falsidade das notícias publicadas naquele jornal" dois anos antes, referentes a uma pensão de reforma da RDP atribuída a Manuel Alegre. A agência Lusa contactou o director do CM, Octávio Ribeiro, que não quis fazer comentários.

Nota: Cuidado! Pode acontecer!
créditos do cartoon: André Carrilho

A notícia vai ter um museu






O “Newseum” foi construído Washington e terá com 76 mil metros quadrados dedicados à história da imprensa. O edifício vai abrir as portas na próxima quinta-feira.

Era preciso encontrar um lugar, longe das páginas dos jornais, que funcionasse como uma abrigo para contar a história da imprensa. A “catedral” escolhida vai acolher mil fotografias históricas, centenas de horas de vídeo, 14 galerias, 15 aulas e dois estúdios de televisão. O jornalismo é documentado no museu desde os seus primórdios até à era digital.
Fonte: Público on line

A Notícia - Há não muito tempo vivia 24 horas. Hoje, não dura mais de 24 segundos.

terça-feira, 8 de abril de 2008

O caso Câncio, José Socrates e o PSD













De João Miguel Tavares, na crónica de hoje do DN, umas verdades muito oportunas:

"No dia em que o Expresso informava que o Jorge Coelho que vai presidir à Mota-Engil é o mesmo que confiou à construtora contratos de mil milhões de euros enquanto ministro das Obras Públicas, Agostinho Banquinho, porta-voz do PSD para a comunicação social, decidiu denunciar um escandaloso favorecimento do Estado: a contratação da jornalista Fernanda Câncio para assinar uma série de dez programas na RTP2 sobre bairros problemáticos. Estranhamente, Branquinho teve uma branca: nem uma palavra sobre Coelho. Uma pessoa com maus pensamentos associaria o lapso aos saltos despudorados entre governos PS e PSD e empresas (Jorge Coelho + Mota-Engil = Ferreira do Amaral + Lusoponte, não sei se estão a ver), mas eu não sou uma pessoa com maus pensamentos. Por isso, prefiro analisar a brilhante argumentação do sr. Branquinho no "caso Câncio" - afinal, é gente que ambiciona ser governo, devemos levá-los a sério.
Argumento 1, segundo Branquinho: "Torna-se incompreensível que a RTP contratualize com entidades externas a feitura de programas para a sua grelha." Tendo em conta que não deve haver um único canal, em todo o mundo civilizado, que não "contratualize com entidades externas", é caso para perguntar quem colocou Branquinho à frente da pasta da comunicação social. Enquanto militante n.º 1 do PSD, Pinto Balsemão já podia ter tido a caridade de convidar o deputado para um almoço, explicando-lhe, com palavras simples, o que é a televisão. É que, tendo em conta o seu Argumento 2 - "A estupefacção é maior quando se contratualiza com alguém que não tem experiência televisiva" -, Branquinho pode ter problemas com as palavras complicadas: Fernanda Câncio tem vários anos de experiência televisiva, em jornalismo de investigação. E, por fim, o Argumento 3: uma contratação dessas só se justifica "quando acrescenta valor acrescentado" (sic). Aqui, podíamos aconselhar a Agostinho Branquinho a leitura dos livros de reportagem de Fernanda Câncio, não fosse ele ter manifestas dificuldades com o português.
O que Agostinho Branquinho não disse à Lusa, porque preferiu a insinuação cobardolas - mas eu digo por ele -, é que todo este episódio vergonhoso só existe para sugerir que José Sócrates andou a pressionar a RTP para fazer um favorzinho a Fernanda Câncio. Sócrates, que ainda há poucos anos era homossexual (lembram-se?, foi no tempo do amigo Santana), agora parece que se transformou num heterossexual furioso, empenhado em arranjar tachos à namorada. É este o PSD que temos. E é esta a gente que quer mandar no País. Só duas palavrinhas (muito simples): vade retro."

Nota da autora do Blog: Estive e estou-me nas tintas para a orientação sexual de J. S.Não é da minha conta!Mas, ocorreu-me agora que, há altura dos acontecimentos aqui recordados pelo João Miguel, ouvi de alguns dos seus pares, assim quase que em segredinho, muitos sofredores, comentarem que...pois...enfim...isso era uma chatice...mas parecia que sim.
Que Deprimentes!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Homem do Norte, É sempre um homem do Norte!







Não é usual utilizar o Blog para publicação de anedotas. No entanto, como últimamente se tem falado muito em Abrantes de Norueguesas, hoje abro uma excepção.
Recebi no mo meu e-mail e, não resisti:


Um industrial de Paços de Ferreira foi à Noruega comprar madeira para a sua fábrica de móveis.
À noite, sózinho no bar do hotel, repara numa loira encostada ao bar.
Não sabendo falar norueguês, pediu ao barman um bloco e uma caneta.
Desenhou um copo com dois cubos de gelo e mostrou-o à loira.
Ela, sorriu e tomaram um copo.
De seguida começou a tocar uma música romântica.
Ele, pega novamente no bloco, desenha um casal a dançar e mostra-lhe.
Ela levanta-se e vão dançar.
Terminada a música, regressam ao bar e é ela que pega no bloco.
Desenha uma cama, uma cadeira e uma cómoda e mostra-lhe.
Ele vê e diz:
- Sim, sim, sou de Paços de Ferreira...

sábado, 5 de abril de 2008

Despedidos!












O Jornal desportivo "Record" vai despedir colectivamente 11 trabalhadores. A notícia é avançada pelo DN, e lamenta-se!
O DN conta que a decisão foi tomada por Alexandre Pais, director do título, que identificou os nomes das pessoas a deixarem o jornal e os comunicou à administração, sabe o DN.
Alexandre Pais enviou um e-mail aos trabalhadores do jornal, em que justifica estas saídas devido a uma reestruturação. "Decidiu a administração do Record no âmbito de um processo e reestruturação reduzir para 123 o número de trabalhadores afectos à redacção, pelo que procedi, de acordo com a minha consciência e com o que julgo ser o interesse dos leitores (O INTERESSE DOS LEITORES??? O QUE É QUE UMA ADMINISTRAÇÃO DE UM JORNAL SABE SOBRE O INTERESSE DOS SEUS LEITORES???) e, como sempre tenho feito, sem olhar a simpatias ou antipatias pessoais, à difícil escolha desses 123 profissionais e, portanto, também à daqueles que não integrarão no futuro a equipa que faz o jornal".
Nuno Coelho, editor internacional; Céu Freitas, repórter que seguia a selecção; João Cartaxana, redactor principal; Hélio Nascimento, ex-chefe de redacção; José Luís Pereira, ex-editor Norte; Luís Quaresma Costa, jornalista Internet; Pedro Gonçalves dos Santos, jornalista do futebol nacional; Carlos Patrão, repórter fotográfico; Paulo Gonçalves, do arquivo, Marcelo, da secretaria, e Filomena Morais, da paginação, são as 11 pessoas a despedir.
Segundo a legislação em vigor, existem três motivos para uma empresa poder recorrer à figura jurídica do despedimento colectivo: encerramento definitivo da empresa, encerramento de uma ou várias secções, ou redução do pessoal determinada por motivos estruturais, tecnológicos ou conjunturais. Esta última pode ser a justificação utilizada pelo jornal, já que a baixa nas vendas é considerado um factor conjuntural.
Ou seja: Está cada mais faci despedir.
Um abraço de solidariedade à Ceu Freitas, que conheço e considero uma excelente profissional.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

"O meu bairro"






Fernanda Câncio vai ter um programa na RTP2, noticia a edição on line do Jornal "Sol".

Acrecenta que "O meu bairro" será um programa semanal, de 25 minutos, dedicado a «bairros problemáticos» e a «bairros de subúrbio» de cidades portuguesas.

Um retrato que é individualizado, «a partir do olhar de um morador, uma personagem típica do enquadramento social».

«É uma jornalista que há muito tempo se dedica aos temas sociais e que recentemente editou um livro sobre bairros problemáticos», diz o director da RTP2.
Vou ficar fã. Gosto de ler Fernanda Câncio.
E já agora: de que falarão, ela e o Socrates??? De política social?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sobre crise de identidade do jornalismo



O livro“O jornalista em construção”, de Joaquim Fidalgo aborda a “crise de indentidade” do jornalismo, que, segundo o autor deriva do facto “da personalidade dos jornalistas nunca ter sido uma coisa muito definida e muito forte”. “A crise hoje em dia está mais acentuada, porque aquilo que era só do jornalista agora está acessível a qualquer pessoa, por causa da internet”.
Diz o autor “Primeiro, é necessário um saber especifico adquirido com a experiência, e, em segundo lugar, ter em atenção as questões éticas e deontológicas; estas duas premissas formam a identidade do jornalista”.
O ex-provedor do jornal “Público” afirma que “os jornais em papel podem desaparecer”, mas os jornalistas vão adoptar uma nova função de “sinaleiros, que nos ajudem a separar o trigo do joio, mas para isto é necessário muitas regras éticas e deontológicas”. “Os jornalistas vão ajudar-nos a navegar, a aprofundar e a clarificar a informação". Oxalá!
a obra aborda "questões da ética e da auto-regulação dos jornalistas". "Considero fundamental que haja mecanismos de auto-regulação do trabalho jornalístico porque os jornalistas têm uma função de serviço público".
Portanto, é um livro que se recomenda a quem goste de reflectir sobre o assunto.
Bem sei que isto de reflectir é uma maçada, uma perca de tempo, blá,blá...
Mas faz falta!

Pelo Pedro





O Pedro é filho da minha colega Lídia.
O Pedro é um jovem talentoso e dinâmico.
O Pedro está doente e precisa de ajuda.
Conheço o caso e sou testemunha do drama da família.

No proximo dia 5 de Abril a Cistus e a SAT ( duas associações do Tramagal - Abrantes) irão apoiar uma uma festa de solidariedade para um jovem tramagalense e antigo presidente daquela Associaçao - Pedro Santos. Este jovem encontra-se no momento a atravessar um grave problema de saúde (Linfoma) estando internado no IPO.

O objectivo desta festa é angariar fundos para ajudar a suportar os custos que a família do Pedro está a ter!. A mesma terá lugar na Sociedade Artística Tramagalense com a presença de vários artistas que demonstraram a sua solidariedade para com o Pedro.

No dia 19 de Abril uma brigada do Centro de Histocompatibilidade do Sul estará presente em Tramagal para que todos se possam inscrever como dadores de medula óssea.

Créditos da foto: Miguel Simão

terça-feira, 1 de abril de 2008

Depuralina













A notícia chegou pela manhã nas páginas do DN: "Dietético 'na moda' atira mulher para o hospital". O caso (grave) dos efeitos da "Depuralina" tinha um rosto e uma vítima (já em restabelecimento), em Abrantes, e o Jornalista Mário Rui Fonseca transportou-o para a agenda mediática do dia. Ao final da tarde, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) suspendia a venda do produto natural e dietético.
Boa Mário!
O jornalismo e o jornalista cumpriram a sua função.