segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Ah grande Berardo



Accionista do banco critica lista de Miguel Cadilhe
Joe Berardo: "não quero que o BCP venha a ser um lar da terceira idade"

Ipp Ipp Urra




Vá lá, um brinde ao novo ano, para que ele chegue com boas intenções!!!!
Um brinde com champanhe françês, mas pouco.....
:)

Até logo




O amanhã faz-se com o dia de hoje.
Vou descansar!
Bom ano a todos, com saúde, sucesso e sorte!
Até 2008!

Falta proibir outros malefícios











Nas últimas horas do ano, quero aqui assumir o compromisso público de que serei uma cumpridora canina (influências do Alberto João) da nova lei do tabaco. A vivência nas regras comuns da sociedade, assim o obriga. Senão, viveríamos na selva, aí sim local sem regras.
Mas, também devo acrescentar que, a partir de amanhã, sentir-me-ei no direito de reclamar sempre que em espaços públicos esteja a ser incomodada com outras coisas tão prejudiciais quanto o tabaco. Por exemplo, as bebidas alcoolólicas. Porque razão é que só são proibidas na circunstância da condução? Quando estou na minha casa, sossegadita, não tenho que estar a ser incomodada com o barulho de meia dúzia de anormais que se costumam enfrascar no café aqui do lado. Certo?
Vá lá, agora vou tomar um cafezito, para ver se este velho ano, que para mim foi cão, se vai embora de vez. Mal seja que o aí vem ainda seja pior.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Menos prazeres





Lá se vais mais um prazer em 2008.
Não! nõ tem nada a ver com o piqueno (jeitoso, por sinal).
Estava a falar dos cigarritos.
O que vale é que em casa sou eu quem faz as leis, ehehheheh

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Patetices





Colocar no mesmo saco uma câmara, um partido, um governo e a ccdr-lvt (comissão de coordenação e desenvolvimento regional)só pode ser uma grande patetice. E, vinda de uma instituição com responsabilidades, então é mesmo mediocridade.Diz que sim...
Ou então o (a) jornalista explicou-se mal. Mas o artigo nem está assinado! Que é isto, pá??? Parece que sim, tornou-se pratica corrente numa certa imprensa...
Ai! Ai!
Vou mas é preparar os morangos e o champanhe....

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Natal não é...

A loucura das compras;
A pouca vergonha das redes de telemóveis bloquedas, por esta hora...
e se é preciso para uma urgência?;
As caixas multibanco sem dinheiro...Arre e dizem que não há....
O lixo acumulado...
Etc,etc

Natal é ...

Fazes-me falta





Hoje era o dia do teu aniversário.
Tenho tantas saudades tuas.
Um beijinho amigo, onde quer que estejas.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A Fernanda é que sabe...









"Leio o que vai saindo em jornais e revistas e blogues sobre o novo valor do salário mínimo para 2008 e fico sem perceber nada. Na Sábado, Sérgio Figueiredo, jornalista da área de economia que actualmente é administrador da Fundação EDP, assevera que o salário mínimo dos portugueses tem, nos últimos anos, "ganho", apesar de poucochinho, à inflação. O PCP faz uma nota sobre o assunto cantando vitória ("O anúncio feito da fixação do valor do Salário Mínimo Nacional para 426 euros mensais em 2008 constitui uma derrota da estratégia das associações patronais [e] só foi possível com a forte e persistente luta dos trabalhadores dinamizada pela CGTP-IN, que derrotou a estratégia de degradação do poder de compra e o ataque ao SMN") e conseguindo usar a tão saudosa palavra "mordomia" - infelizmente, apesar de procurar com gula, não encontrei "o grande capital" nem "os grandes latifundiários".

Numa busca na Net, encontro o artigo de opinião de há um ano do presidente da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários), Armindo Monteiro, no qual este alega que só 5,5% dos trabalhadores ganham o dito, enquanto 28% dos desempregados são candidatos a ocupações susceptíveis de serem remuneradas com o SMN. E pergunta: "Estes candidatos a um emprego teriam mais probabilidade de o encontrar se a remuneração mínima não fosse tão elevada? A sua dignidade humana estará melhor protegida pela fixação de uma remuneração mínima ou pela inexistência de qualquer remuneração?"

Esta pergunta, que o perguntador reputa de "legítima" (e que legítima é sem dúvida), não pode deixar de convocar a fábula do empresário italiano Enzo Rossi, que resolveu tentar viver com o salário que pagava aos trabalhadores: 1000 euros. Percebeu que não conseguia e aumentou o pessoal. Armindo Monteiro, parece, faz as contas contrárias, alegando que há muitos trabalhadores cuja qualificação "não merece" um salário de 400 e poucos euros e que portanto deveriam receber menos por uma questão de justiça - para eles e para quem os contrata.

Olho para isto tudo e relembro: estamos a falar de 25 euros. O preço de uma refeição num restaurante médio. O preço de cinco bilhetes de cinema (nem chega). O preço de um DVD. O preço de uma camisa na Zara. Estamos a falar de miséria: a miséria de um país onde há mesmo gente a viver com 400 e tal euros por mês, gente que se mata a trabalhar por 400 e poucos euros por mês, e onde há quem discuta se isso não será mesmo assim de mais, sem se lembrar de discutir que raio de empresários quereriam pagar ainda menos que isso por um mês de trabalho e que raio de empresas merecem sobreviver se nem isso aguentam pagar aos seus empregados. E que raio de país é este no qual um aumento de 83 cêntimos por dia é uma grande vitória da classe operária e de todo o povo em geral".

Escrito na pedra




























"Se estás prestes a dizer uma verdade, deixa a elegância para o alfaiate"
Einstein

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

cidade luz...com brilho



"Todos sabemos que em Portugal é tudo à grande e à Portuguesa. Temos mesmo de ser os maiores em tudo o que fazemos. Mas em Abrantes é diferente. A malta não queria protagonismos excessivos e fez a segunda maior árvore de Natal do país. É, contudo, a maior árvore reciclada, com certeza! Sim, reciclada. Reciclaram uma torre de telecomunicações inteirinha! (Quando acabar a época natalícia reciclam a árvore e volta a ser uma simples torre de telecomunicações).
São cerca de 70 mil micro lâmpadas, aplicadas em mil novecentos e vinte metros de tubo luminoso, espalhados ao longo 60 metros de altura. Este colosso é visível a 25 quilómetros, em especial por quem viaja na A23.
A transformação da Torre de Telecomunicações (construída em finais da década de 60) numa imponente Árvore de Natal é uma iniciativa anual da Câmara Municipal".
(obrigada Marco)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

...e os palhaços nunca faltam

...depois veio o coelhinho

...de Ouro




foto de Tiago Petinga

...de Prata




foto de Tiago Petinga

e o Delgado?

Epá, então, e quem é que vai passar a contrapor o Luís Delgado????

Mercado de Inverno na SIC



























Até que enfim, uma boa notícia!...nos meandros da comunicação, entenda-se.
António José Teixeira vai ser o homem do leme na informação da SIC. Aguarda-se para o início de 2008 o regresso à normalidade e ao bom rigor informativo que a Estação de Carnaxide nos habituou e que se vinha a perder ultimamente. António José Teixeira merece-me credibilidade. Oxalá não se estrague nas "malhas" das más influencias.
Francisco Penin está de saída! Outra boa notícia. Há muito que deveria ter ido. A programação SIC está de rastos.
Nuno Santos foi o escolhido para a pasta da programação. É pena! Essa é a maior maldade que se pode fazer a um jornalista.
Noblesse oblige.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

shiuuuu! em sentido e caladinho(a)s





Para dinamizar e atrair público ao Centro Histórico de Abrantes, envolvendo os parceiros do Abrantes Forum, estão a realizar-se um conjunto de actividades alusivas ao Natal.
O Festival e Concurso de Estátuas Vivas é a proposta para o dia 22 de Dezembro. A iniciativa vai ser dinamizada por cerca de 20 artistas (homem estátua) que ao longo de todo o dia vão estar nas diversas ruas e praças do centro histórico, surpreendendo pela qualidade plástica, expressão e criatividade das suas estátuas.

O concurso de estátuas vivas, para amadores, versará sobre motivos natalícios. A organização está a desafiar todos os interessados em participar a inspirarem-se na criatividade e a inscreverem-se até às 13h00 do dia 21. Os prémios são tentadores: 1º - 100 euros em compras nas lojas aderentes; 2º - 75 euros; 3º - 50 euros.

As inscrições podem ser realizadas para o e-mail abrantesforum@gmail.com

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

vamos todos assobiar, pode ser que ninguém repare








Obviamente, estou de acordo!
Crónica de João Miguel Tavares, publicada hoje no DN

"Como é mesmo aquele provérbio? Passou como cão por vinha vindimada. Sim, é mesmo esse. Foi assim, como cão por vinha vindimada, que a Polícia Judiciária e alguma comunicação social passou pelas notícias que diziam que o laboratório de Birmingham - no qual a PJ depositara a última réstia de esperança para resolver o caso Maddie - não fora capaz, após quatro meses de trabalho, de encontrar provas que sustentassem qualquer ligação dos pais da criança inglesa ao seu desaparecimento e muito menos à sua morte.

Nos últimos tempos, estivemos presos aos focinhos de dois cães pisteiros e a umas alegadas amostras de ADN. Agora, já nem sequer há isso. Agora, não há nada de nada - a polícia portuguesa não faz a menor ideia do que aconteceu a Madeleine McCann e é tão provável que este caso venha a ser resolvido como os pinguins começarem a voar. E no entanto, este ADN igual a zero, que é a informação mais importante em meses, não deu manchetes, nem comunicados, nem Prós e Contras, nem, já agora, um breve pedido de desculpas ou uma singela justificação.

Durante meio ano, andámos para aqui enfiados num lamentável Portugal-Inglaterra em conversa de salão. E agora, que se sabe quem perdeu, os investigadores enfiam a cabeça na areia. Só que há perguntas que não podem deixar de ser feitas. Afinal, o que é preciso acontecer mais para chamar incompetente, com todas as letras, a quem conduziu o processo na PJ? O que é preciso para que alguém peça publicamente desculpa pelos milhões e milhões de euros que este caso já custou ao País? E, de caminho, o que é preciso para que a comunicação social portuguesa faça uma análise séria do seu papel na tragédia e active mecanismos que a impeçam de se voltar a comportar como uma mesa de pingue-pongue, despejando boatos a mais e informação a menos?

Nunca deixará de me espantar a leveza com que nesta terra se assobia para o ar. Se repararem bem, quando um doutorado em portugalês (essa bela ciência que consiste em aproveitar os defeitos da pátria em proveito próprio) é apanhado em falso, ele não procura encontrar demasiadas justificações para o que fez - o que tenta é empatar o suficiente para dar tempo à borrasca para partir sem se molhar em demasia. É a atitude "deixa lá que isso passa". Profissional e com provas dadas. Suponho que agora seja essa também a estratégia dos polícias à frente deste caso: vamos mas é estar caladinhos que daqui a nada já ninguém se lembra. E tendo em conta a forma como Maddie se vai retirando dos jornais, a táctica parece boa. Na PJ já só se sonha com o silêncio dos arquivos".

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Phoe-nix





Nem de propósito. No dia em que o produto foi lançado, assenta que nem uma luva:
PHOENIX! Tanta ignorância junta!
Até chateia.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

A propósito do caso Esmeralda...





"Cada vez mais os jornalistas tem a informação que lhes dão e não a que procuram. Isto faz uma diferença abissal."

É Pacheco Pereira quem o escreve, no seu ABRUPTO.
Subscrevo...inteiramente.

O PCP ainda existe?




É uma vergonha o que PCP acaba de fazer à Deputada Luísa Mesquita!
Dir-se-à: é lá com eles! Obviamente! E também com os eleitores que nela depositaram voto e confiança. Pelo menos, em democracia, deveria ser assim. Mas que é isso da democracia para o PC???
É por essas, e por outras, que o partido está na curva descendente que se sabe. Vai sendo uma sombra dele mesmo.
Mas isso, é lá com eles...pois claro.

Requiem por Esmeralda

Citação da crónica de João Miguel Tavares, hoje, no D.N.

"É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que algum dos envolvidos no caso Esmeralda vir a entrar no reino dos céus. Esta história é como as tragédias de Shakespeare: nela não se encontra um único inocente, todos carregam consigo alguma forma de culpa, e por isso é tão difícil acreditar que o caso ainda possa vir a ter um final feliz.
Têm culpa o sargento Luís Gomes e Adelina Lagarto, os pais afectivos de Esmeralda, porque acharam aceitável arranjar uma filha através de um negócio feito à beira da estrada. Hoje pagam pela irresponsabilidade da decisão, de contornos mais do que duvidosos e nunca inteiramente esclarecidos, tomada a 28 de Maio de 2002. E pagam também por, a seu tempo, terem impedido qualquer aproximação do pai biológico à criança, contribuindo para o extremar de posições.
Tem culpa Aidida Porto, a mãe biológica de Esmeralda, por ter entregue a filha como entregou, e um ano depois já a estar a reclamar de volta. Em todo este processo, Aidida andou sempre empurrada, consoante os ventos que sopravam dos tribunais e da comunicação social, e já disse tudo e o seu contrário.
Tem culpa Baltazar Nunes, o pai biológico de Esmeralda, porque descobriu a paternidade num tubo de ensaio que lhe foi posto à frente. Depois, fascinado pelos seus próprios espermatozóides, transformou todo este caso numa obsessão pela posse da filha, como se ela fosse um bibelô que se muda de uma casa para outra, sem dores. Tivesse ele um pingo de bom senso e este poderia ter sido um exemplo de persistência. Assim, é apenas um caso de teimosia, orgulho e egoísmo.
Tem culpa, acima de todos estes, a justiça portuguesa. A culpa da demora. A culpa da falta de equilíbrio. A culpa da arrogância. Embora Baltazar só se tenha lembrado de que queria ser pai quando a filha já tinha nove meses, o certo é que anda desde 27 de Fevereiro de 2003 a solicitar a regulação do poder paternal. Já lá vão, portanto, 57 meses de decisões judiciais absurdas, onde o interesse de Esmeralda foi sendo triturado por uma justiça cega, lenta e insensível, que quer fazer nascer um novo pai de acórdãos obscuros, ao ponto de os técnicos que seguem a criança terem decidido saltar fora do processo.
Por tudo isto, o melhor mesmo talvez seja atribuir a culpa à própria Esmeralda. A terrível e definitiva culpa de ter nascido. Alivie-se de uma vez a consciência de todos os intervenientes no processo, e que ela faça como na Canção Desnaturada de Chico Buarque - volte depressa para a escuridão do ventre da sua mãe, de onde, para descanso da nossa justiça, nunca deveria ter saído".

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Vêm aí os franceses







Calma!
Desta vez, eles trazem boas intenções e sapatos.

A 24 de Novembro o General Junot vai voltar a Abrantes. É a evocação dos 200 anos da chegada das tropas francesas à então vila de Abrantes, que aconteceu em 23 de Novembro de 1807. Nessa data, Junot “estacionou” a vanguarda em Abrantes e ordenou ao juiz de fora, José Macedo Ferreira Pinto, que arranjasse “12 mil rações e 12 mil pares de sapatos”. Perante o facto, a história diz que Abrantes pediu às terras vizinhas que fizessem a maior quantidade possível de sapatos, tendo “os sapateiros trabalhado todo esse dia e noite e a população dado os sapatos que tinha para uso”.
No dia 24 será criada no Centro Histórico a envolvência alusiva à época, de forma a “Viver o tempo das Invasões”, através da reconstituição histórica da passagem das tropas francesas por Abrantes, com a recriação de alguns dos momentos chave (14h00). A iniciativa organizada pela Câmara Municipal, com a colaboração do Abrantes Fórum (Centro Comercial de Ar Livre) inclui um mercado à moda antiga que começa por volta das 10.30 h e contará com a presença de figurantes, da comunidade escolar, de grupos folclóricos do concelho, associações, grupo de teatro “Palha de Abrantes” e ainda a participação da Escola Prática de Cavalaria de Abrantes.
Nestes dois dias vai também decorrer o Festival “Ao pé da Arte” que é um desafio lançado às escolas em que estas são desafiadas a fazer sapatos criativos que poderão servir para, nos dias do evento, decorar as montras e o Centro Histórico de Abrantes.
Integrado no programa, a Biblioteca António Botto vai apresentar uma exposição alusiva aos 200 anos das invasões francesas.Para ver até 4 de Janeiro.

Silêncio e paisagem no único local onde somos todos iguais












O Pedro Marques enviou-me esta semana um link do Blog http://quartarepublica.blogspot.com/
O autor, deputado social democrata, escreve sobre o nosso cemitério de Santa Catarina. Controverso, o modelo americano igualitário deste espaço tem feito correr tinta, porque rompe com o tradicional. Percebe-se! E, obviamente respeita-se.
Quando, há uns anos, estive na Jugoslávia, tive oportunidade de ver pela 1ª vez este modelo de cemitério. São espaços integrados nos meios habitacionais das cidades. Lembro-me de um, pegadinho a um pub. Fiquei impressionada com o que vi. Tranquilidade, espaços cuidados, e todos iguais, como deveria ser enquanto por cá andamos.
Aqui fica o registo:
“O senhor António Rosa faleceu há poucos dias tendo manifestado a vontade de ser sepultado no novo cemitério de Abrantes construído há quase três anos ao estilo americano.
A polémica à volta deste jardim prendeu-se com o facto de não poder haver jazigos, cruzes, relevos da sepulturas, flores ou outros ornamentos.
Quebrar as tradições não é nada fácil. Os autarcas, às tantas, já deviam sentir-se como novos Odoricos Paragauçus, personagem cómica criada pelo dramaturgo brasileiro Dias Gomes, e interpretado na série televisiva pelo actor Paulo Gracindo, que ansiava estrear o seu novo cemitério, promessa da campanha eleitoral. O pior é que ninguém morria!
Ao ler esta notícia recordei-me de dois momentos. O mais recente foi como deputado em que me pediram para estudar a feitura de um projecto-lei relativamente ao destino a dar aos restos mortais dos corpos depositados nos jazigos. Nalguns cemitérios, ao fim de alguns anos, muitos acabam por ser abandonados ou apresentarem sinais de degradação com urnas desfeitas originando uma atmosfera pouco digna, ou mesmo nada. Quando fui contactado para esta tarefa tinha acabado de ir a um funeral em que constatei casos semelhantes, num cemitério de Coimbra, tendo ficado indignado com quadros verdadeiramente macabros. É certo que estamos a falar do terreno dos mortos, mas o facto destes não se importarem, não significa que não sejam respeitados, respeito esse que é extensível aos vivos quer sejam ou não familiares. Aceitei a incumbência e, para o efeito, adquiri várias obras sobre a matéria com o objectivo de estudar vários aspectos, sobretudo os tempos mínimos necessários à remoção dos restos mortais e os destinos a dar-lhes. Não descrevo as obras, porque, de facto, são lúgubres, mas, curiosamente, aprendi muito!
O outro momento teve a ver com o facto de há muitos anos ter ido a um curso de verão numa universidade norte-americana.
Fiquei instalado numa residência universitária. Quando cheguei ao quarto, já a tarde ia avançada, deparei, através da janela, com um belo e frondoso parque do outro lado da rua com gradeamento metálico a relembrar o do Jardim Botânico em Coimbra. Árvores de grande porte, provavelmente centenárias, enxameavam um terreno de características irregulares, tipo colinas, com arruamentos sinuosos, canteiros floridos, relvado bem aparado, parecendo-me descortinar um ou outro banco, enfim uma paisagem muito encantadora. Pensei na sorte em ter aquele quadro mesmo em frente. Assim que tivesse uns momentos livres teria que dar uma volta pelo jardim. Ao fim do segundo ou terceiro dia, tendo a tarde livre, dispus-me a visitá-lo. Olhei pela janela, vi pessoas a passear, outras sentadas, crianças a andar de bicicleta, uma senhora a empurrar um carrinho de bebé, um jovem a fazer jogging e o jardineiro em cima de um cortador da relva a andar de um lado para o outro, ou seja vida no parque. Contornei o gradeamento à procura da entrada. Assim que entrei cruzei-me com algumas pessoas que revelaram a sua simpatia cumprimentando-me, fazendo recordar as saudações que se fazem nos nossos meios pequenos. Não foi preciso muito tempo - bastou contornar a primeira colina - para verificar a existência de pedras tumulares disseminadas, aparentemente ao acaso, revelando estar num cemitério! Cemitério muito diferente dos nossos, quase que me apeteceria dizer alegre, mas cemitérios alegres é algo que não existe. No entanto, sentia-se uma certa paz e até uma beleza difícil de explicar, ao ponto de as crianças e os adultos partilharem o espaço para actividades lúdicas sem se incomodarem.
Pensar na morte não é agradável, mas pensei que se um dia pudesse ser enterrado num local igual a este contribuindo para a beleza e frondescentes árvores e flores e permitir uma sensação de tranquilidade aos familiares não deixaria de ser uma pequena maravilha.
O senhor António Rosa teve bom gosto ao optar pelo novo cemitério e os autarcas de Abrantes estão de parabéns pela iniciativa.
Se o cemitério construído por Oderico Paragauçu fosse idêntico a este estou certo de que não se importaria em ser o primeiro a inaugurá-lo esperando o tempo que fosse preciso...
posted by Salvador Massano Cardoso @ 14:40 6 comments
6 Comments:
At 19:52:00, Bartolomeu said...
Compreende-se caro professor Massano Cardoso, que os novos estilos sociais de vida, sobretudo nas cidades, são incompatíveis com alguns preceitos fúnebres que encontram aceitação e seguimento nas sensibilidades humanas, sobretudo naquelas que acompanham o mesmo, com o culto religioso e penso no ocidente serão a maioria.
Por isso penso que não será fácil encontrar uma fórmula que concilie com a dignidade de que o caro professor fala, neste (como é habito) grandioso post.
Os cemitérios relvados, arborizados, decorados, serão possívelmente mais bem aceites e úteis, numa sociedade menos supersticiosa e menos arreigada aos preceitos religiosos, na medida em que se convertem num local de convívio,dinâmico.
Penso que até o clero fosse o sector mais resistente à introducção da generalização deste modelo, mas até posso muito bem estar a fazer uma ideia errada.
Pessoalmente, gostava de ser enterrado naquilo que me pertençe, um cantinho pacato do meu terreno, de onde se usufrui uma belíssima vista, só tem um senão... é que a vista é orientada a nascente, o que inviabiliza a "coisa" dado que a cabeça deve ficar orientada para norte ou nascente. Tambem não sei se o "pessoal" cá em casa ia na conversa, mas, pelo andar da carroagem, não me admiro mesmo nada que daqui a algum tempo, cada um vá passar a ter de enterrar os seus mortos. Não me admiro mesmo nada.

At 2:55:00, despertador said...
No cemitério de Monchique, em Guimarães, a coisa também era para ser mais ou menos assim, sem "jazigos, cruzes, relevos das sepulturas, flores ou outros ornamentos", mas depois lá se percebeu que o povo manda, e vota, e agora, quem lá for visitar o cemitério galardoado com prémio de arquitectura paisagística lá verá "jazigos, cruzes, relevos das sepulturas, flores ou outros ornamentos".

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Tachos














Pois, se tem um amigo bem colocado, ou influente, aproveite!
A sociedade está feita à sua medida. O resto, não se preocupe, vem por acréscimo.
Haja copos e tachos!
Ai,ai

domingo, 18 de novembro de 2007

Moita Flores questiona papel das escolas de condução




Vá lá! Desta vez o homem mostrou-se atento à realidade e tocou numa ferida.

"O presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores (PSD) questionou este domingo, na cerimónia de evocação das vítimas da sinistralidade rodoviária, o controlo exercido sobre as escolas de condução. "Uma das perguntas que deve ser feita é que controlo temos sobre as escolas de condução, em que termos são dadas as cartas de condução, quem é utente desse documento que coloca na estrada alguém com um objecto que mata e que mata muitas vezes mais do que uma vida", questionou.
Referindo as responsabilidades das autarquias no que toca à redução dos riscos, no "Dia da Memória, que se assinalou em Santarém com a presença do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, o autarca frisou o papel da administração central, frisando não compreender por que razão a formação nas escolas para as várias situações de risco, incluindo a rodoviária, foi esquecida "durante tanto tempo".

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Vai uma salada?






Começa hoje e decorre até dia 25 de Novembro, a Semana Nacional da Agricultura Biológica (este Portugal tem semanas para tudo), no âmbito da qual serão levadas a cabo centenas de acções em todo o país. Veja se há alguma coisa perto de si. www.semanabio.com

E rabanetes também se arranja?
Epá, ele anda aí....o homem das hortas.

o problema é que alguns preferem passar fome

terça-feira, 13 de novembro de 2007

A Igreja Portuguesa e as ovelhas que fogem do redil










Do meu cronista preferido, João Miguel Tavares:
"Tanta orelha santa a arder. Os bispos portugueses promoveram uma série de relatórios diocesanos - que embora confidenciais todos sabem o que dizem: menos padres, menos gente na missa, menos baptizados -, foram mostrá-los ao Papa e vieram de lá com um raspanete dos grandes, ainda que proferido naquele tom eclesiástico que mistura elogios, sorrisos beatos, citações da Bíblia e alfinetadas. Que eu saiba, não há memória de um Papa se dirigir à Igreja portuguesa convidando-a a "mudar o estilo de organização e a mentalidade dos seus membros" perante a "maré crescente de cristãos não praticantes" nas dioceses. Mudar de estilo e de mentalidades não é o mesmo que mudar a cor das vestes litúrgicas ou afinar os cânticos das missas - é mudar tudo. São palavras duríssimas de Bento XVI, tanto mais significativas quanto politicamente até correm o risco de fragilizar a Igreja nos embates que tem tido com o Governo, como foi o caso recente das capelanias hospitalares.

Ainda assim, talvez o seu discurso consiga o milagre de promover um debate alargado sobre o estado da Igreja em Portugal, que é bem preciso. Quando no espaço público se discutem os problemas da Igreja, em 90% dos casos é conversa sobre sexo - desde o celibato dos padres ao uso dos contraceptivos, passando pela posição do Vaticano sobre a homossexualidade. Mas essa é apenas a árvore que esconde uma floresta de problemas. Quem está de fora nem sequer sabe que existem, mas eles estão lá, e o Papa apontou dois: o défice de "participação na vida comunitária" e a falta de "eficácia dos percursos de iniciação actuais", sendo que o primeiro acaba por ser uma consequência natural do segundo. Traduzindo para português, a referência aos "percursos de iniciação" quer dizer uma coisa muito simples: os cristãos portugueses estão mal preparados, vivem agarrados a uma religiosidade popular mal fundamentada e isso faz com que entre o fim da infância e o início da idade adulta boa parte das ovelhas se pisgue do redil.

Curiosamente, é uma questão de estatística. Em Portugal baptiza-se quase tudo à nascença, aos sete anos faz-se a primeira comunhão e aos 15 despacha-se o crisma - como se fosse possível aos sete alguém compreender a profundidade da eucaristia e aos 15 estar em condições de afirmar a maturidade da sua fé. Esta juvenília religiosa é boa para se chegar aos noventa e tal por cento de católicos em Portugal, mas leva a que aos 15 esteja feita a licenciatura cristã e que aos 18 já só haja jovens no coro. O preço que se paga é muito alto: ficam apenas fiapos de fé. E por isso Fátima enche, enquanto as igrejas se esvaziam".

sábado, 10 de novembro de 2007

luto nas estradas II











Uma vez mais, ficou provado que a ausência de informações oficiais provoca o boato e a informação contraditória.
De uma vez por todas, os serviços centrais têm a obrigação de estruturar gabinetes de relações públicas credíveis e eficientes. Os hospitais e os tribunais, na linha da frente. Não digo um serviço por cada estrutura mas, talvez por região. É inaceitável que os jornalistas fiquem horas a fio em qualquer porta de uma urgência hospitalar a aguardar uma confirmação. A maior parte das vezes são os próprios clinicos a fornecerem as informações. Ora, esses têm mais que fazer.
Obviamente que nestas circunstâncias, não havendo interlocutor, recorrem as outras fontes que, não sendo oficiais, podem sempre ser susceptíveis de serem duvidosas.
Na Europa é assim que funcionam os serviços públicos.
Seria bom darmos mais esse passo.

luto nas estradas I







Ainda a propósito dos trágicos acontecimentos desta semana na A23, ficam 3 comentários:

A resposta pronta e eficiente da estrutura da Protecção Civil, merece ser salientada. Assim, ficamos mais descansados.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Manuel Maurício dos Reis





Olá amigo,
Estou a imaginar que a tua chegada ao sítio onde estás agora, terá sido igual às que fazias por cá: “Olá gente boa!”. Certamente já encontraste o Dr. Bandos, o sr. Moura e o Eduardo Campos e estás a pôr a conversa em dia. Será que aí também há horas e dias? Espero que haja algo que se assemelhe a um microfone: “São mais de 15 mil”, ou a uma máquina digital para registares todos os momentos, como fazias por cá.
Não vou falar bem de ti. Já sabes que não alinho nessas merdas hipócritas. Vou falar de ti e pronto. Como eras, como te via, como reagias, como sentias, sem recorrer àquelas tretas fúteis, próprias destes momentos. Tu já sabes como é que eu sou:”esta gaja tá sempre a dar-lhe”.
Não chegaste a conhecer o meu Blog, pois não? Sei lá! Nunca comentámos sobre isso: “Então miga, novidades?”.
Olho a máquina do tempo e tu, Manel, estiveste sempre lá. Como vizinho, colega e amigo.
Conheci-te desde sempre, ou quase. Tenho poucas memórias da infância, mas lembro-me muito bem que quando os meus pais chegaram ao Rossio, tinha eu pouco mais de seis anos, foste das primeiras pessoas que conheci. Na mesma rua, numa porta a poucos metros. Tinhas mais quatro anos do que eu. Lembro-me das camisolas de gola de alta que vestias no Inverno, do cabelo muito preto. Sempre de risco ao lado. Eras o Manel da Olímpia.
Não partilhámos a mesma carteira, mas corremos e saltamos no mesmo pátio da escola, numa altura em que as raparigas não davam muita “trela” aos rapazes, porque a época e os costumes não deixavam.
Não andámos juntos na catequese mas divertíamo-nos à brava nas noites de Verão, no Jardim do Bairro da Igreja, quando nos juntávamos ao grupo dos mais velhos.
Depois crescemos. É a lei. Tornámo-nos adolescentes e crescemos juntos no Rossio das cheias, das festas no ringue, do hóquei em patins, da carrinha da Biblioteca (onde íamos buscar os livros), da loja da menina Emília (onde comprávamos as pastilhas e os cromos) e da loja do sr. Jorge. Saia à rua e tu estavas sempre lá. Eras o “Serrote”.
Nessa altura, já tu te interessavas por temas que eu ainda não percebia muito bem:
-“Viram para aí o Manel?”
- “Vem mais tarde. Foi para um comício do PS”. O partido de que tanto te orgulhavas, incondicionalmente, e ao qual te dedicaste, desinteressadamente.
Aparecias tarde mas vinhas sempre à matiné que organizávamos na casa da D. Marieta, com a Isabel, a Guida, o João, a Lena, o João Miguel…
Ficava sempre à espera que me escolhesses a mim para dançar. Nas matinés, nas festas, nas discotecas. Dançavas como ninguém. E acertávamos sempre o passo!
Anos depois veio a magia da rádio, na Antena Livre. Acho que chegaste tu primeiro, pela mão e pelo talento do Colaço. Era um gosto ouvir-te: “ Então oh vizinha, tá a gostar?”. As emissões da madrugada, com o João Paulo Santos, os debates e as coberturas das autárquicas, as polémicas assembleias municipais do tempo do Drº Humberto, as cheias, os incêndios, os directos das feiras e das festas. Tu estavas sempre lá. Empenhado e desinteressado.
Na década de 90 era costume encontrarmo-nos à noite no “Chave D’ Ouro”. Tu com o teu grupo, eu com o meu. Muitas vezes em grupos comuns. Era lá que discutíamos os temas da actualidade, comentávamos as manchetes do jornal, cortávamos na casaca, mas não me lembro de te ouvir falar da vida particular dos outros. Até nisso eras exímio. Por lá ficávamos até de madrugada. Ás vezes ficava à tua espera. Eras uma matreca, falavas, falavas: “Vamos embora Manel”. Eu era a tua boleia. Que raio Manel, nunca tiraste a carta. E lá vínhamos nós até ao Rossio, sempre na converseta. Ás vezes combinávamos coisas comuns para o dia seguinte. Outras vezes, quando já íamos de rastos, deixava-te à porta e ligava-te a seguir para saber se tinhas chegado bem. Outras vezes eras tu quem ligava. Foi assim, anos a fio.
Quando em 2001 cheguei à Câmara de Abrantes, lá estavas tu no gabinete de apoio às freguesias: “amigo, passa-me aí um contacto”, “Oh lindo diz-me o ponto de situação desta obra”. Eu sempre fui uma melga e tu nunca me recusaste apoio.
Depois, veio futebol. O AFC era o teu orgulho. Não havia fronteiras para divulgares o nome do teu clube e era com brio que sempre te referias aos teus meninos. Ao Sábado, ou ao Domingo, lá estava o Manel. Eras o speaker de serviço, fazias o sorteio dos presuntos das sapatilhas ou das bolas, recebias as quotas, angariavas novos sócios, eras relações públicas e, se fosse preciso, chutavas para canto. Quando não estavas, havia sempre quem perguntasse “Então o Manel?”.
Costumavas dizer que não percebias nada de futebol, mas gostavas de emoções. Tu eras um emotivo (no dia a mulher nunca te esquecias de brindar as colegas com um fax, e-mail, sms). E quando a coisa não corria de feição juntavas-te ao coro dos protestos: “ó sr. Árbitro é preciso uns óculos?”.
A universidade da vida licenciou-te num comunicador exemplar. Não perdias pitada da actualidade. Eras quase sempre o primeiro a dar notícia: “amiga, já viste hoje o Correio da Manhã? Trás uma notícia sobre Abrantes”. A Comunicação Social respeitava-te. Espero que todos soubessem que era mútuo.
A juventude era o teu máximo. Os jovens adoravam-te. A malta da ESTA esteve lá na hora da tua partida, como sempre esteve porque tu estavas com eles por onde quer que andassem.
Foste um cidadão empenhado, critico, quando necessário, e solidário.
Eras um homem sem idade. Sei lá! Conheci-te sempre assim, tal como partiste. Tinhas vaidade na forma como te apresentavas e tudo te assentava bem. A gabardina e a samarra de Inverno. Os fatos completos de todo o ano. As gravatas escolhidas a dedo.
Amavas a tua Abrantes “uma cidade, um concelho, sempre a vencer”. O teu Rossio e o Tejo.
Sabes amigo, já passaram uns dias. Quando o telefone toca, já não és tu do outro lado. Quando nos juntamos na hora da bica no “Pirata”, faltas tu.
Ainda era cedo para ires.
Queríamos ir buscar-te, mas não podemos.
Mas há uma coisa que podemos: não esquecer-te!
Um beijinho, migo.
Será sempre um até breve.

“Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.” Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 4 de novembro de 2007

Bufocracia











Dia Europeu dos Direitos dos Jornalistas
O Sindicato dos Jornalistas apela à participação de toda a classe no Dia Europeu dos Direitos dos Jornalistas, que se assinala a 5 de Novembro como jornada de luta por melhores condições laborais e um jornalismo condigno.
Sob o lema "Stand up for Journalism" (Levantem-se pelo Jornalismo), esta iniciativa da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) pretende alertar para a pressão política sobre os média, o decréscimo da qualidade da imprensa, o aumento da precariedade nas condições de trabalho da classe, o ataque generalizado à contratação colectiva e o desrespeito pelos direitos dos jornalistas na Europa. Associando-se à iniciativa, o Sindicato dos Jornalistas propõe a realização de um minuto de silêncio nas redacções e desafia os jornalistas a envergar uma camisola com a frase "Levanta-te pelo Jornalismo", inclusive nos eventos a que se deslocarem em serviço.

sábado, 20 de outubro de 2007

"Foi Porreiro, pá!"


















Foi porreiro, Sr. Primeiro-Ministro. Estamos de acordo! O senhor e o seu Governo prestigiaram-nos na forma brilhante como liderou o processo do Tratado de Lisboa. Nunca duvidei da competência da nossa máquina diplomática. E, confesso, tenho tanta dificuldade em perceber a postura interpretativa sobre o assunto da outra esquerda, mais à esquerda. O PCP e o Bloco enfermam de uma certa visão europeísta. Lamentável! Parece que a Europa só lhes serve quando se trata de eleger deputados seus para o Parlamento Europeu. Se não se revêem na unidade europeia, então por favor não se apresentem a eleições. Seria uma questão de coerência.
Mas voltemos ao Tratado de Lisboa. Um Governo que tem a capacidade de liderar um processo tão delicado como este, não pode permitir que escândalos como o das listas de espera nos nossos hospitais. Isso não nos prestigia. Envergonha-nos, enquanto país da Comunidade Europeia.

Outra vez Rui Costa Pinto:

“Não há outra maneira para classificar as listas de espera na Saúde em Portugal. Fora outro o Ministério Público em Portugal e haveria ex-ministros na cadeia.”

José Rodrigues dos Santos










Estava em falta um post sobre a polémica que envolve um dos mais carismáticos jornalistas da actualidade.
Independentemente da forma como neste país se paga principesca e escandalosamente aos apresentadores de televisão (ainda pior quando se trata do serviços público, logo dos nossos impostos), o que está aqui em causa é a forma anti democrática como se tratam as pessoas que expressam opiniões, que se presume ser um direito expresso em Constituição.
Socorro-me de um belíssimo e expressivo comentário do autor do Blog http://maisactual.blogspot.com/ , Rui Costa Pinto:
“José Rodrigues dos Santos não precisa dos defensores de ocasião da Liberdade de Imprensa. Basta começar a trabalhar. Hoje, deu um exemplo de profissionalismo com uma simples pergunta: O que ganha Portugal com o novo Tratado? Curiosamente, António Vitorino, Deus Pinheiro e Esteves Martins não conseguiram responder directamente à questão. Pois, pois, então, voltemos aos Jerónimos...”

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Ele não sabe mais do que um miúdo de 10 anos








O mediatico Marcelo Rebelo de Sousa, seguia a bordo de um
avião, de Lisboa para o Porto. Ao seu lado, reparou num garoto de uns 10
anos natural de Amarante, de óculos com ar sério e compenetrado. Assim que o
avião descolou, o garoto abriu um livro, mas Marcelo Rebelo de Sousa puxou
conversa.

- Ouvi dizer que o voo parece mais curto se conversarmos com o passageiro do
lado. Gostarias de conversar comigo?

O garoto fechou calmamente o livro e respondeu:

- Talvez seja interessante. Qual o tema que o Sr. gostaria de discutir?

- Ah, que tal política? Achas que devemos reeleger o Marques Mendes ou dar
uma portunidade ao Meneses?

O garoto suspirou e replicou:

- Pode ser um bom tema, mas antes preciso de lhe fazer uma pergunta.

- Então manda! - Encorajou Marcelo Rebelo de Sousa.

- Os cavalos, as vacas e os cabritos comem a mesma coisa, certo?
Pasto,ervas, rações. Concorda?

- Sim. - Disse Marcelo Rebelo de Sousa.

- No entanto, os cabritos excrementam bolinhas, as vacas largam placas de
bosta e os cavalos grandes bolas... Qual é a razão para isto?

Marcelo Rebelo de Sousa pensou por alguns instantes, mas confessou que não
sabia a resposta...

E o garoto concluiu:

- Então como é que o senhor se sente qualificado para discutir quem deve
governar Portugal se não entende de merda nenhuma?


A caricatura é de Cesarina Silva

sábado, 13 de outubro de 2007

Homenagem da semana - Raul Durao




Foi um rosto emblemático num tempo em que os apresentadores não tinham vida curta. Agora têm.
Uma voz inconfundível. Improvisador nato. Alguns escreveram: “um homem sem idade”.
Conciliador e generoso como só os homens que são remetidos para a prateleira quando ainda têm tanto para dar, sabem ser, permanecendo e aceitando as evidencias em silêncio.
Diz quem o conheceu de perto que, num meio tradicionalmente competitivo, ele era exemplar: vibrava com o sucesso dos outros.
Que no céu Raul Durão encontre o espaço para comunicar que não lhe deram em vida.

De facto, este país não gosta de comunicadores com mais de 50 anos. Prefere loiraças jovens e enguias, nem que seja a gaguejar ou a falar de Fátima...cidade.

domingo, 7 de outubro de 2007

Parabéns ao curso de Engenharia Mecânica da ESTA









O Curso de Engenharia Mecânica da ESTA- Escola Superior de Tecnologia de Abrantes trabalha como as formiguinhas: silênciosas mas trabalhadoras. Ao contrário de outros cursos, apresenta resultados. Daqui sai conhecimento, experiência e gente capaz de vingar no mundo do trabalho.
Parabéns ao Curso de Engenharias da ESTA.
Acabei de abrir a página da ESTA. Nem uma referência a esta apresentação. Lamentavel!

"Alunos do IPT apresentam nova ferramenta de cálculo
Os alunos do curso de Engenharia Mecânica do Instituto Politécnico de Tomar vão apresentar no próximo dia 9, pelas 11h00, no auditório da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) uma ferramenta de cálculo desenvolvida pelos próprios que permite disponibilizar ao cliente final, informações úteis aquando da aquisição de painéis solares.
O projecto resulta de um protocolo estabelecido com a empresa Cobral A ferramenta de cálculo agora desenvolvida apresenta um leque de informações diversificadas, que vão desde o preço total da instalação até ao conhecimento da energia solar disponibilizada pelos colectores em qualquer zona do pais, passando pela apresentação do prazo de recuperação do capital investido, a poupança energética em termos de energia auxiliar (electricidade, gás natural, gás propano ou gasóleo de aquecimento) e, ainda, quais os benefícios ambientais da instalação.
A sessão servirá também para tornar público o resultado do concurso lançado no âmbito da parceria ESTA-IPT e a Cobral, aos alunos do 2º ano do curso de Desenvolvimento de Produtos da escola de Abrantes. O projecto teve como objectivo criar salamandras contemporâneas, adaptadas ao gosto do público jovem".

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

A cadeira das memórias




Hoje, na Cadeira (agora tem um nome pomposo: Unidade Curricular) de Atelier de Comunicação, o Professor Eduardo Pinhão fez uma incursão sobre a história da Rádio em Portugal. Obrigatóriamente falou-se do 25 de Abril e das senhas que passaram na Rádio. Aliás, sem Radio não teria havido revolução, provavelmente. Aproveitou-se para se abordar o domínio do Estado Novo sobre a imprensa e o período de nacionalizações que se seguiu após 74.
Não pude deixar de sorrir com os comentários dos meus jovens (muito jovens) coleguinhas de carteira. Uma referiu-se a Oliveira Salazar como o então Presidente do Governo, "obrigando" o jovem docente da unidade curricular (profissional de rádio) a contar a história da cadeira, da qual Salazar havia caído uns anos antes. Outra só consegiu associar a revolução aos cravos.
Em resumo, eles não sabem o que foi a ditadura. Provavelmente não têm noção do valor da liberdade. Ainda cá não estavam, é certo. Mas, a revolução não deveria pertencer à memória colectiva?
De quem é a culpa?
Até onde é que vão os programas da nossa história de Portugal?
Os paizinhos não têm memória?


Nota à parte:
Yupiiii! Já consigo incluir os links nos post.
Obrigada pela ajuda ao Nuno Gil
http://nunogil.blogspot.com/
Obrigada pela ajuda ao António Almeida
http://www.preca.blogspot.com/

Não deixa de ser curioso que: quando precisamos de ajuda, os que convivem connosco no dia-a-dia estão sempre demasiadamente ocupados; os que estão "distantes" e mal nos conhecem, disponibilizam-se de imediato. Mas ainda bem!!! Fico contente e estou ao vosso dispor.

O PSD, o Capuchinho Vermelho e Mao Tse Tung





Não sou eu que o relato. É um jornal. Portanto, um órgão independente. Diz que sim.
Com a devida vénia, porque aqui nesta "rua" é obrigatório citar a fonte, ao contrário de uma certa imprensa que parece andar daltónica com essa regra de ouro do Jornalismo.

"O que é que o PSD, o Capuchinho Vermelho e Mao Tse Tung tem em comum? Quase nada, mas o presidente da Câmara de Abrantes encontrou-lhes um termo de comparação. Confrontado com um balanço social-democrata aos dois anos deste mandato, Nelson de Carvalho não teve dúvidas – “É um texto triste, parecido com as dúvidas existencialistas do Lobo do Capuchinho Vermelho vistos pelo Mao”. A plateia riu, menos a ala laranja que ficou sem resposta..."
Para ver os restantes "Cavaleiros" desta semana, ir a
www.omirante.pt

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Com todo o respeito, mas o país está mesmo doido




Por ser terça-feira, é de dia de reproduzir a crónica do João Miguel Tavares, publicada no DN.
Pela 2ª semana consecutiva, tenho de discordar do meu cronista favorito.
Por isso, deixo-lhe este recado:
Meu caro, a questão não está no Santana Lopes ou no José Mourinho. Creio que muitos de nós manteriamos o mesmo sentimento de respulsa pelo acontecido com quaiquer outros protagonistas ou perante qualquer outro assunto em debate. Sejamos claros: a SIC quando convida Santana Lopes sabe perfeitamente que as audiências sobem. Santana gosta do protagonismo mediático mas os média é que lho proporcionaram. A SIC interrompeu a entrevista, para um exterior no qual aos costumes disse nada. Fê-lo apenas para resgistar que Mourinho havia chegado e estava cansado (daaaaaaaaaaa). Todos sabemos da importância que o directo tem para as radios e televisões. Mas bolas, há limites!
Cá vai a crónica:
"E de repente, o homem é um herói nacional, porque levantou o rabo da cadeira e saiu dos estúdios da SIC antes de uma entrevista acabar. Da esquerda à direita, aplausos e aplausos e aplausos. Ao ousar rebelar-se contra a ditadura do directo televisivo, Pedro Santana Lopes transformou-se em referência moral da nação. Viva o Pedro Santana Lopes! Eu também estou quase a aplaudir. Estou quase, quase, quase, quas…, qua…, q… Mas esperem lá. Paremos para pensar um bocadinho. Aquele é o Pedro Santana Lopes. E aquela era uma entrevista sobre as directas do PSD. Ora, Santana Lopes indignar-se por ter sido interrompido por um directo idiota faz tanto sentido quanto Cicciolina ruborescer ao ouvir um piropo na rua. Aquele homem nasceu, viveu e morreu na televisão. Armar-se em virgem ofendida? Ele? Não pode.

E depois, há o contexto. A reacção pressupõe, além de uma boa dose de pedantismo, que há uma espécie de superioridade moral da política sobre o futebol. Num país normal e civilizado, eu não duvido. Mas em Portugal? Qual é a ascendência moral destas eleições no PSD - que ele vivamente comentava antes da chegada de "um treinador de futebol" -, onde se discutiu a existência de sociais-democratas na Amazónia e a possibilidade física de centenas de militantes se terem empilhado ao mesmo tempo em torno de uma caixa multibanco para pagar quotas? Aliás, qual é a linha que separa a política do futebol quando olhamos para os amigos e apoiantes de Luís Filipe Menezes? Convém recordar aos distraídos que o PSD acabou - para evidente felicidade de Santana Lopes - nas mãos de um homem que no discurso de vitória garantiu que o seu partido é "maravilhoso" e que chamou "vivacidade" a três meses de peixeirada. É isto que vale mais do que Mourinho na Portela?

Cito Santana: "Acho que o País está doido, com todo o respeito. Por isso não continuo a entrevista. O País tem de aprender." Eu sei que a memória do pessoal é curta, mas ouvir Santana dizer "o País tem de aprender", em tom professoral, sabendo nós o estado em que deixou o País, é a mesma coisa que ver um talibã a discursar sobre a qualidade da estatuária budista - não bate certo. É verdade que a SIC se portou mal e que não foi lá muito esperta ao esconder as imagens do que se passou, mas a indignação de Santana é apenas uma mistura de marketing e sobranceria. Pessoalmente, dispenso. Embora numa coisa eu esteja de acordo com toda a gente: é sempre muito mais interessante ver Santana Lopes a sair de um estúdio de televisão do que a entrar nele.|

domingo, 30 de setembro de 2007

Um bebé usa cinco mil fraldas que ficam mais de 500 anos no aterro


Sabia que, até utilizar o bacio, um bebé chega a usar cinco mil fraldas, o que equivale a uma tonelada? E que cada uma demora cerca de 500 anos a deteriorar-se num aterro? A estimativa excede o nosso tempo de vida mas as empresas especializadas do sector garantem que não há engano.
Porque é que nunca falamos deste assunto???
O Dn lembrou-se e aborda-o na edição de hoje. Vão lá e leiam.
Não posso colocar o link, porque continuo sem o conseguir, pese embora a simpatia do António Almeida, autor do Blog PRECA (publicidade merecida), que me ofereceu umas lições muito didácticas e à borlix :) Obrigada António. Hei-de conseguir.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Luís Filipe Menezes














É o homem que se segue no leme do maior partido de direita.
Algumas ilações se deverão retirar destas directas no PSD. Ficarão para mais tarde.
Para já, 2 questões:
1 - Menezes abandona a Câmara de Gaia? Ou vai continuar a governa-la a partir do telemóvel?
2 - O novo líder terá capacidade para unir um partido esfrangalhado e orfão, desde que Cavaco Silva lhe deixou um menino nas mãos?

Menezes já deu provas no passado. É mais activo, mais frenético, com melhor imagem do que Marques Mendes. Acho que últimamente tem vindo a perder qualidades. Não lhe conheço uma proposta para o país politico.
Não sendo um enfant terrible, Menezes não colhe simpatia junto dos barões do partido.
Sendo um homem do norte, terá de ter engenho e arte para trabalhar nos meandros sulistas.
Humilhado no congresso do Coliseu, em 95, apupado e vaiado, renasceu das cinzas pela mão do poder autarquico. Saiu-se bem. Agora, veremos!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Adivinha


A lapiseira saiu à noite com 2 lápis: o lápis rico e o lápis pobre.
>Passado um tempo descobriu-se que estava grávida.
>Quem foi o culpado? O lápis rico ou o lápis pobre?
>
>
>O lápis pobre. O lápis rico tem sempre uma borrachinha na ponta...

:))

terça-feira, 25 de setembro de 2007

"Quem já não atura elogios ao râgby, levante a mão"



Já escrevi aqui, por mais do que uma vez, que adoro os escritos deste rapaz.
São uma lufada de àr fresco, no Jornalismo do copy past
Embora não concorde em muito com o conteúdo, aqui fica a crónica de hoje do João Miguel Tavares, na edição do DN.
Ps_ Nunca mais aprendo a adicionar um link. Ai!
"Mais uma palavra elogiosa sobre a selecção portuguesa de râguebi e a sua paixão pela pátria e o seu amadorismo tão profissional e o seu extraordinário esforço e como devemos estar todos tão orgulhosos e como eles são um exemplo para nós - e eu regurgito. A sério. Se os elogios parvos tivessem açúcar estávamos todos diabéticos.

Agradecia que os admiradores do râguebi não me imaginassem já a ser violentamente placado contra um muro de cimento. Juro por todos os santinhos que nada tenho contra a modalidade. Gosto muito de ver os jogos e quase me comovo com a haka neozelandesa. Mas para tudo existe uma medida certa. Sim, os rapazes portugueses são esforçados. Têm o seu mérito. Parecem simpáticos na televisão. Não são dados a peneiras como os tipos do futebol. E cantam o hino nacional com um tal entusiasmo que se Louis Pasteur fosse vivo ainda os vacinava. Mas daí a transformá-los nos maiores heróis da Nação só porque andam num campeonato do mundo a perder os jogos todos (e por muitos) é capaz - digo eu - de ser um bocadinho exagerado.

Dir-me-ão: "Ah, e tal, são amadores, passaram muitos anos a lavar as suas próprias camisolas, e veja onde eles chegaram." Até pode ser. Embora, tendo em conta os estratos sociais de onde vem a maior parte daquela rapaziada, seja bem mais provável que tenha sido a dona Mariazinha ou a menina Svetlana a lavar-lhes a camisola. Mas passemos ao lado das questões de classe, ainda que elas expliquem muita coisa. O certo é que, mesmo tendo em conta os objectivos (modestos) anunciados, a selecção ainda não cumpriu nenhum. Contra a equipa da Escócia os portugueses queriam perder por menos de 30 e encaixaram 56-10. Contra a Nova Zelândia queriam que os All Blacks não chegassem aos 100 pontos e perderam por 108-13. Contra a Itália nem percebi qual era o objectivo e levaram 31-5.

Mas o mais extraordinário é que, percam por quantos perderem, os "lobos" têm sempre garantidas umas festas na cabeça por parte da comunicação social. Título do Público após o 31-5: "Ficou a sensação que era possível derrotar a Itália." Ficou a sensação, ficou. Eu às vezes também tenho a sensação que podia jogar melhor à bola que o Messi. Que podia ser mais esperto que o Bill Gates. E que a Nicole Kidman podia perfeitamente sussurrar-me ao ouvido: "Ao pé de ti, o Tom Cruise é um badameco." São sensações. Não costumo é puxá-las para título de jornal. Mas, de quando em quando, a Pátria dá nisto: elege os seus heróis, fecha as cortinas do pensamento, e chora muito a ouvir o hino nacional. É esquisito. Mas é assim".

Pinta, Pinto...da costa

sábado, 22 de setembro de 2007

Mourinho




Simplesmente, um Senhor!
É vaidoso e petulante! Pois é!
Mas é daqueles que tem o direito a sê-lo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

...Os Deuses andaram loucos



...E deixaram-me à rasca. Sou uma medrosa perante raios, coriscos e trovoadas.
Ontem, deixei-me de medos e atrevi-me a espreitar o espectáculo que ia nos céus de Abrantes.Mágico! Lindo!
A foto é de quem é "mestre" na fotografia: FERNANDO BAIO