quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sobre crise de identidade do jornalismo



O livro“O jornalista em construção”, de Joaquim Fidalgo aborda a “crise de indentidade” do jornalismo, que, segundo o autor deriva do facto “da personalidade dos jornalistas nunca ter sido uma coisa muito definida e muito forte”. “A crise hoje em dia está mais acentuada, porque aquilo que era só do jornalista agora está acessível a qualquer pessoa, por causa da internet”.
Diz o autor “Primeiro, é necessário um saber especifico adquirido com a experiência, e, em segundo lugar, ter em atenção as questões éticas e deontológicas; estas duas premissas formam a identidade do jornalista”.
O ex-provedor do jornal “Público” afirma que “os jornais em papel podem desaparecer”, mas os jornalistas vão adoptar uma nova função de “sinaleiros, que nos ajudem a separar o trigo do joio, mas para isto é necessário muitas regras éticas e deontológicas”. “Os jornalistas vão ajudar-nos a navegar, a aprofundar e a clarificar a informação". Oxalá!
a obra aborda "questões da ética e da auto-regulação dos jornalistas". "Considero fundamental que haja mecanismos de auto-regulação do trabalho jornalístico porque os jornalistas têm uma função de serviço público".
Portanto, é um livro que se recomenda a quem goste de reflectir sobre o assunto.
Bem sei que isto de reflectir é uma maçada, uma perca de tempo, blá,blá...
Mas faz falta!

2 comentários:

João Baptista Pico disse...

Questões de ética e de aprofundar as notícias só dá maçada a quem quiser permanecer iludido...
A questão da água é um tema vital.
As Nações Unidas elegeram o tema em apreço.
Pois o que é que acontece na maior parte dos meios informativos - não todos felizmente - do Médio Tejo e Lezírias é uma sistemática e avassaladora manipulação informativa para condicionar a opinião dos leitores, no sentido do repúdio pelas barragens.
Sob o ponto de vista energético só nos coloca ainda mais dependentes do petróleo. É isso que os pseudo ambientalistas no fundo visam acentuar.
Porque os peixes e as plantas que os peixes devoram ( devoram, atente-se este paradoxo, de que se permite aos peixes o que não se permite aos homens...) iriam desaparecer com as barragens(??) e nada mais se diz.
A não ser a tal parede de 10 metros ou 6 ou 7 metros frente ao Rossio e a Constância.
Pura demagogia. Como se o Rossio ou Constância estivessem ou pudessem caber no fundo de um poço.
Constância está na cota 30 a 31, tirando uns jardins e calçadas feitos de forma irresponsável no leito do rio.
O Rossio está na cota 31,5 e a só a fonte dos touros é que está na cota 27 e os estacionamentos já ficam entre a cota 28 e 29. E por aqui se vê como a tal parede de 6 ou 7 metros é pura demagogia.

Imagine-se que iríamos mesmo sofrer três ou quatro anos como o que está agora a decorrer de fraca pluviosidade.
Então onde ir buscar reservas de água?
A albufeira, além do mais, gera uma brisa e um micro clima mais fresco dimnuindo as temperaturas mais agressivas. Isso é bom!m naquele "habitat" mas podendo virem outras espécies em sua substituição, que se deverá então escolher?!
E quem é que deve ir escolher entre as pessoas e os peixes?!
O "saber" ou " a mania" do Dr. Joanaz de Melo fazem lei lei ou impõem ditadura?!
Onde é que está um debate vivo e participativo, e equilibrade e ético, quando o presidente da Junta de Rio de Moinhos só por ter admitido numa reunião no Rossio que dentro de certas contrapartidas
até podia aceitar as barragens, teve que ouvir das boas dos organizadores e do seu colega de Junta, do Rossio...
E logo o Rossio que andou todos estes anos a olhar para as obras nas Barreiras, como boi a olhar para o palácio e nem enxerga o açude...
A verdadeira informação é realmente uma coisa muito séria e ainda mais necessária: imprescindível à cidadania!
Entre pessoas a morrerem pelo excesso de calor e uns peixes a não se desenvolverem, informem lá quem deve ser atendido, digam lá?!

João Baptista Pico disse...

As conversas são como as cerejas. E nas questões da política e da informação então, nem se fala...
Ainda agora tinha acabado de fazer o anterior comentário e a realidade veio pregar uma terrível machadada na tal falta de deontologfia e e de ética do rigor informativo e da equidade.

Todos os media regionais e locais se pautaram ( salvo a exccepção do Jornal de Abrantes e da Rádio Tágide, honra lhes seja feita), por negarem quase em absoluto a expressão daqueles que queriam ou admitiam ser a favor da barragem.
Uma jornalista veio convocar-me para uma entrevista no Aquapolis tirou-me dezenas de fotos que até eu lhe chamei a atenção para o exagero e que viria uma página nesse semanário regional e depois nada...
Apenas um termo que eu nunca pronunciei sobre o Dr. Pina da Costa...
Mandei um pedido de desmentido mas nada...
Por sinal fiz chegar esse pedido a outros jornais, pelo que ficaram sabendo. Eu não gosto de nabos em saco!
Agora, com o presidente da CMA a reconhecer que é de todo improvável que o governo retire a barragem de Almourol da lista das 10 e com a vinda no final de Abril a Abrantes do 1º ministro para anunciar essa obra como é que esses jornais vão apresentarem-se aos seus leitores?!
Que cambalhotas por aí vêm...
Até o deputado do PSD a pediur a Lacão para que não fizessem um investimento de 95 milhões para não "estragar2 um de 10 milhões, causa alguma perplexidade...
Ainda se fosse ao contrário, não estragr com 10 milhões um investimento de 95, isso já toda a gente percebia...
é por estas e por outras que o país se vai afundando...
E quanto à ética e ao aprofundar da informação afinal nesta história, houve para aí muita gentinha apanhada com as calças na mão!
Haja pudor!