domingo, 4 de maio de 2008

Democracia portuguesa é das piores da Europa









Li no Diário de Noticías de hoje que: "A qualidade da democracia portuguesa está longe de ser comparar às melhores democracias europeias. Ao invés, encontra-se bastante abaixo da média, situando-se ao nível de países como a Lituânia e a Letónia, e só acima da Polónia e da Bulgária (...)
No EDI, Portugal está em 21º lugar, ficando apenas à frente da Lituânia, da Polónia, da Roménia e da Bulgária. Vários países que até há poucos anos orbitavam no império soviético encontram-se melhores classificados, segundo este "top" (ver gráfico).

O que se passa então com Portugal? Olhando para o gráfico, percebe-se a resposta: de um ponto de um ponto de vista da democracia formal, Portugal fica em 14º lugar, acima de países como a Espanha ou a Grécia ou a Itália. O que puxa a democracia portuguesa para baixo são os outros critérios. Por exemplo: a participação. Aqui a posição portuguesa desce para 19º lugar. Ou seja, as instituições políticas formais estão pouco cercadas de associações cívicas que as escrutinem.
Um aspecto inovador do estudo da Demos é o que avalia também a "democracia familiar". Tenta perceber-se em que países há mais direitos para cada um escolher a estrutura familiar. Entre os 25 países analisados, Portugal ficou em 21º. No cômputo geral, a Demos concluiu o que já se intuía: há um claro padrão geográfico na qualidade das democracias. Os países nórdicos são os melhores. As democracias vão-se fragilizando à medida que se desce no mapa europeu. Os países protestantes tendem a ser mais abertos que os católicos.
Verificou-se, por outro lado, que não há uma relação directa entre a qualidade formal da democracia e a qualidade da democracia quotidiana, que é tanto aquela que se exerce numa assembleia de voto como aquela que se pratica na reunião familiar onde se decidem as férias do Verão".

4 comentários:

João Baptista Pico disse...

Se quer ver a diferença entre uma postura Nórdica - Suécia, Noruega, ou a Finlândia, que há 20 atrás achava-se diminuída porque os vizinhos suecos, como os finlandeses com humildade reconheceram (li o depoimento de alguns finlandeses há dois anos numa reportagem onde eles em relação aos suecos eram como nós em relação hoje aos espanhóis, o que dá melhor para perceber o complexo...), então temos que admitir que há uma enorme diferença na defesa e no conceito da ética nos países escandinavos.
Se um sueco aldrabar as contas na empresa para fugir aos impostos, até terá problemas morais em enfrentar a família e os amigos. Mesmo perante a mulher e os filhos.

Em Portugal, só é censurado por ter sido "apanhado" e não ter sido suficientemente "esperto" a fazer a coisa...
Mas uma vez "descoberto", não só a mulher e os filhos virão aos media chorar e dizerem que "ele é o melhor marido e o maior pai do mundo" ...
Formalmente a legalidade ou neste caso a "ilegalidade" é a mesma.
Mas as posturas éticas éque diferem.
E quando vimos marido e mulher , pai e filhos ou outro grupo de parentesco - inclusivé conotados com um mesmo partido político a nível local - todos juntos numa mesma associação de bairo ou de aldeia ou numa Instituição de peso, como sucede muito entre nós, é então, que caem por terra todas as possibilidades de funcionamento de elevado padrão ético.

Só a PJ é que conseguirá, quando muito, desmistificar o enredo...

Lá vêm as declarações dos amigos e correligionários, dos familiares em peso, que dão o criminoso como pessoa séria e de bem, blá,blá,blá...

Ora esta postura é que tem "matado" o associativismo e os movimentos cívicos e de cidadania.

E o conformismo público: eles lá se entendem todos entre eles, aquilo não é para gente se meter, nem para a gente perceber.
Pagamos e não bufamos!

Com o 25 de Abril onde participei em 1974, só precisei de 15 dias para ver tudo claro!
Os carros da PIDE que eu guardei, talvez a pensar num "museu" acabaram todos na rua ao serviço do COPCON - Comando Operacional do Continente, do major "general" OTELO Saraiva de Carvalho - e conduzidos pelos meus camaradas de armas e alhguns que comigo estiveram no 25-A.

A questão passa por "puxar para cima os valores éticos".
Só que há logo quem venha gritar que lá vêm os beatos outra vez, o que também não é mentira nenhuma.
Um novo "partido" que anda para aí a aparecer, nasceu desta coisa caseira: " marido e mulher nas férias de verão pensaram em criar um movimento que desse esperança aos portugueses..."

Foi assim que numa entrevista deram a conhecer a génese do movimento que se diz apoiado por forças ligadas à Igreja...

E o que choca ainda mais é reconhecer que talvez um dia destes os vejamos a andar por aí...

A nível local ainda este fim de semana fui abordado num café e a duas esquinas, de que deixasse estar as coisas como estão, você já lá foi e não conseguiu votos, deixe aquilo para os mesmos, pois aqui são sempre aqueles que ganham e têm os votos do POVO e como tal o povo é que manda , conforme-se com a democracia.
Isto foi-me dito por duas pessoas no meio de mais três ou quatro que acenavam com a cabeça e estavam convencidos que me davam a volta.
A ver se o gajo ( que era eu), desistia e ia lá para o Norte cuidar dos fogos, já que vem aí o verão...

É este o conceito dominante na nossa comunidade.
Despejado do mais elementar valor ÉTICO!
E há uma minoria que se mostra à luz do dia com esta conversa clandestina e terrorista...

Só um teimoso como eu é que teima e vai continuar a teimar.

João Baptista Pico disse...

Deixo esta aqui em 1º mão numa das revelações, para comprovar esta nossa democracia...
Poderia encher um livro. Mas ainda estou novo para escrever as minhas memórias.
Foi-me dado o 4º lugar na lista PSD à Câmara em 2001, dois dias depois de ser " despedido" pelos imdependentes do PP, quando era o CDS/PP quem mandava, mas o presidente de então e os outros dirigentes nada quiseram fazer. Hoje desses só restam três militantes, dois deles como não podia deixar de ser, dois deles votaram contra mim nas eleições concelhias de 2007. O 3º reconsiderou...
Em 2001, acharam "democrático" que uns 5 estranhos ao partido mandassem nas candidaturas... Já todos abandonaram o partido antes de 2005.
Até fazia sentido vindo eu do CDS e entrar na lista PSD por pressão das "bases do Norte", pois nas contas da coligação local os 3 primeiros lugares são do PSD e o 4º do CDS.
Só que libertos da pressão negocial do CDS, o PSD foi mais generoso e dois dias depois estavam a reconhecer a valia do meu perfil técnico e passavam-me para o 3º lugar.Descia para 4º. uma psicóloga, que de bom grado o fez, pois fui eu que falei com ela diante dessa nova oferta.
Aí não deixei que subsistissem melindres.
Digo isto porque de tanto me chamarem oportunista, nunca vi ninguém a falar do assunto. Se fossem outros isso dava manchetes...
Se fossemos a analizar o curriculum do nº 2 um professor de ginástica, facilmente se considerava que eu tinha melhor perfil para nº 2.
Não vou aqui sequer colocar o nº 1 em causa, piis em 2001 ele estava mais identificado com os problemas locais do que eu que vinha a chegar.
Só que nunca se colocou essa questão, embora em surdina isso se falasse. Porque o nº 2 era o amigo do nº 1: logo o "amiguismo" a imperar!
O nº 2 não sabia nada de política!
Depois esse nº 2 para além de uma boa pessoa nada sabendo, só lá estava porque era familiar (cunhado) do vice-presidente da concelhia do partido...
É bom referi-lo.

Em 2005, esse nº 2 acabou no 4º lugar, por troca com o actual 2º vereador. De um ao outro, o desconhecimento da vida autárquica era o mesmo.
Só que agora mandavam os apoiantes da candidatura...
E o nº 2 era mais amigo desses apoiantes...
A experiência do ex-nº 2 de nada valeu.

Há seis meses foi-me proposta uma coligação no concelho.
Os três primeiros lugares para o PSD e o 4º para o CDS desde que não fosse eu.
Eu não podia entrar, não porque não tivesse conhecimentos para o 4º lugar, mas porque era um "perdedor". Nunca havia ganho nada!
O meu interlocutor era o "campeão" na Jota, e foi por inerência que chegou a 8º na Assembleia Municipal em 2001.
Leu dois discursos escritos por outro em 4 anos de mandato...
Foi vaiado no Teatro de S. Pedro em Dezembro.
Levou 31 votos do apoio de Abrantes ao João Moura que teve 400 votos só em Ourém...
Agora apoia P.Passos Coelho...
Eu fora do CDS valia em 2001 o 3º lugar.
Em 2009 na coligação e pelo CDS nem o 4º lugar merecia?!

Quem é que disse isso?!
O POVO?!
As "confederações e associações locais ou outro cartel?!
Nada disso!

Quem o disse foi um jovem que logo adiantou que seria o nº 2 de um qualquer fulano que numa sondagens a fazer localmente viesse a ser indicado como o vencedor da Câmara.
Para quê gastar dinheiro em sondagens, quando o vencedor nas três últimas vezes foi sempre quem nós sabemos...
Eu não percebia nada ....
A nº 3 era uma senhora qualquer, assim dito " qualquer", por causa da paridade...
Como é que a nossa democracia poderia alguma vez funcionar com mentalidades burlescas desta natureza. digam lá?!ngraçado que não obstante, todos os "opinadores" de esquina da "Correnteza do Bruno" me garantem que só em "coligação" com os dois...
Não importa como. É preciso é parecer uma coligação...

Também não vi ninguém incomodado porque o PSD rompeu 2 meses antes do fim das inscrições e nunca mais foi chamado a justificar porque rompeu com coligação em 2005.

Talvez consciente do castigo por lhe terem falatdo 10 votos em 2005 para o 3º vereador...
A familia dos dois candidatos dirigentes da concelhia do CDS bastavam...
Há gente que não se enxerga nunca!

É esta uma outra democracia que nos vai roendo e minando a vontade de fazer algo de útil para a terra.
Claro que um país com 308 casos destes, não pode estar nos primeiros lugares da Europa.
Infelizmente é isto que impera pelo país fora...

Desculpe o espaço ocupado.
Ah, e eu sou o culpado de tudo não dar certo...
Tenho mau feitio, sou implacável, sou teimoso, vaidoso e tenho a mania que sei mais que os outros.
Pronto.
Aluguem o Teatro de S. Pedro uma noite, o PSD que traga os seus 3melhores candiadtos e eu vou lá debater com eles todos.
Se o PSD conseguir ter um só que saiba tanto ou mais do que eu, - sobre a solução dos problemas do concelho - eu faço a Coligação e até me retiro da política local...

Valeu a proposta?!
é e

João Baptista Pico disse...

Democracia é andarem uns tipos pela "Correnteza do Bruno", (um termo que existiu em Abrantes asseguravam-me isso este fim de semana no Chave de Ouro), eleitos da oposição a garantirem, a dois anos das eleições que não há alternativa, pois é o mesmo que vai ganhar...
O Carlos Mendes (cantor),dizia que os festivais da Eurovisão e da RTP também eram assim, com vencedor antecipado, mas antes do 25-A...

E choca o ar resignado e convicto de como dizem isto e daí a horas vão senter-se na bancad da oposição e por lá ficam mudos e quedos...

João Baptista Pico disse...

Lembrei-me de sie da rua da Sardinha a propósito do fecho do Largo da Câmara com um pino fixo em substituição do outro pino móvel, na entrada do lado da Rua José Estevão.
Com um incêndio no edifício da Câmara por exemplo - longe vá o agoiro - para além de documentos importantes e provas comprovadas das mais variadas coisas da CMA, com aquele pino fixo já não há hipótese de pelas outras 4 ruas mais estreitas de passarem lá um auto tanque...
Agora poergunto: a quem é que se pode obter um reparo desta situação?!
Um amigo meu foi à Provedora deixar a queixa. E isso vai ter resposta quando?!
E o presidente?!
Dava carreira a cegos?!
Respondia ou dava uma dessas justificações tão negativas como nós sabemos...
Assim, a nossa democracia substancial está mesmo doente e paralisada de todo...