sábado, 5 de julho de 2008

Tribunais deviam ter assessoria de imprensa















Até que enfim, alguém com responsabilidades o vem defender à praça pública!
E depois, as assessorias de imprensa no sistema judiciário viriam resolver uma parte do problema da empregabilidade das centenas de licenciados nas àreas da comunicação social e relações públicas.

"O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, defende a criação de assessorias de imprensa nos tribunais para facilitar o contacto com os jornalistas.
"Os gabinetes de imprensa são uma defesa para os juízes", considerou o magistrado, sugerindo que este "casamento" era "benéfico para as duas partes". A ideia foi defendida anteontem à noite, em Braga, numa conferência sobre Justiça e Comunicação Social, que teve como orador Pinto Monteiro.
Perante uma plateia de juristas, que maioritariamente concordaram com a proposta, o procurador-geral esclareceu que as assessorias não serviriam para "violar o segredo de justiça nem para explicar as sentenças, mas para esclarecer os termos jurídicos dos processos".
Pinto Monteiro defendeu ainda uma crescente especialização dos jornalistas que trabalham na área da Justiça. "A linguagem do Direito é rígida e complexa e o jornalista médio não está preparado para lidar, por exemplo, com a investigação de casos de corrupção", afirmou, apontando em seguida culpas mútuas numa relação "nem sempre saudável" entre os jornalistas e os representantes da Justiça. "O direito evoluiu pouco quando comparado com outros campos, o que cria dificuldades na relação com a comunicação social", concluiu." - Noticía retirada da edição de hoje do Jornal "Público".

Um comentário:

Anônimo disse...

Tribunais deveriam ter assessoria de imprensa, defendeu o PGR. Para no seu entender" facilitar o contacto ( dos juízes?!), com os jornalistas(?!)
Porque "era benéfico para as duas partes" ( juízes e jornalistas, presume-se?!).
Mais: o PGR defendeu uma especialização dos jornalistas na área do Direito" e como justificação acrescentou:
" A linguagem do Direito é rígida e complexa e o jornalista médio não está preparado para lidar, por exempl, com os casos de corrupção".
E disse mais ainda: " O Direito evoluiu pouco.../... o que cria dificuldades na relação com a comunicação social".

Uma saraivada de contrariedades donde se conclui que o Direito não evoluiu, os juízes não conseguem entender-se com a comunicação social, logo os jornalistas deviam entrar para os Tribunais criar "gabinetes de imprensa", pese a maioria dos jornalistas não entender o Direito, mas ainda assim deveriam os jornalistas especializarem-se na área da justiça e no entendimento do Direito...

Afinal em que ficamos?!

E se os juízes de uma vez por todas começassem a falar a linguagem que toda a gente entendesse?!
Por exemplo o PGR parece fazer-se entender muito bem...

Mal parece que o povo em pleno séc. XXI ainda tenha que pagar a "explicadores" - no caso os jornalistas que saibam mesmo de justiça e de Direito, o que parece que não é o caso da maioria actualmente, como reconhece o PGR -quando já paga tanto pela justiça nas acções que correm nos Tribunais, por sinal com sentenças muito arrastadas no tempo.
Justiça que demora, não é justiça...

Não posso deixar de manifesatr a minha surpresa e preplexidade pela sua afirmação:
« E depois as assessorias de imprensa no sistema judiciário viriam resolver uma parte do problema da empregabilidade das centenas de licenciados nas áreas da comunicação social e relações públicas».
Ora aí é que está o problema!
De resolução em resolução, deste teor ou semelhantes, é que em 2007 a derrapagem na despesa pública aumentou 8 mil milhões de euros, quase o custo do TGV e do aeroporto de Alcochete, juntos.
O que arrasa a conversa teórica de MFL...
E ainda com o inconveniente último:
-será que as notícias saídas desses gabinetes nãp passavam a ser "filtradas", "manipuladas" ou no limite, menos verdadeiras?!
Isto ao mesmo tempo que pelo meio ainda aconteceriam desmentdos dos juízes alegando má interpretação dos assessores de imprensa e a correspondente troca de galhardetes, com os cidadãos a apanharem por tabela, sem nada perceberem e com tudo a sair do seu bolso e de que maneira...

Do pão do nosso compadre grossa fatia para o seu afilhado...

E depois as listas de espera nos hospitais?! também precisariam de assessores de imprensa para as explicarem melhor?!