domingo, 11 de fevereiro de 2007

Referendo I

Não creio que seja verdade que, como disseram muitos defensores do “Não” esta noite, "Os níveis elevados de abstenção também demonstram que as pessoas não querem uma alteração à lei".
O que acho é que, os 56% de cidadãos eleitores que não se pronunciaram hoje relativamente à possibilidade de alteração à lei, deixaram de ter voto na matéria. Ninguém devidamente credenciado para tal pode afirmar que estes 56% de não votantes não querem uma nova lei. Muitos não estariam, eventualmente, esclarecidos. Outros, tal como eu (que acabei á última da hora por ir votar), defenderiam uma iniciativa legislativa, sem necessidade de referendo, por isso terão deixado o assunto a quem compete: à Assembleia da República. Os motivos terão sido diversos e, para sermos sérios, não podemos estar agora em busca dos bodes expiatórios do costume. As soluções para questões como a organização do serviço nacional de saúde não pode partir para este novo capítulo fragilizado.
2 pequenos comentários: gostei da postura de Sócrates. Sério e sóbrio. Gostei do pano de fundo da sala de intervenções do BE: “bem-vindos ao século XXI”.

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