Soube esta semana pelo "Sol" que José Socrates e Fernanda Câncio conheceram-se na sequência de uma polémica entrevista.
Por isso, não admira que eu, Fernanda, Jornalista, tenha conhecido (pessoalmente) Socrates durante uma entrevista, não polémica mas inconveniente (para ele), já lá vão uns anos, algures perto de Abrantes.
De facto...nada muda.
Como se vê, há sempre uma Fernanda na vida de Socrates! eheheheh. Ele tem andado à minha procura. Enquanto não nos encontramos (tenho a agenda sempre cupadissima), entretem-se com a Câncio :)
Bloguemos sobre assuntos sérios.
é um artigo interessante que hoje li no "Diário Económico". Chama-se "Oportunidade Histórica". Concordo com o autor, Bruno Proença: Sócrates, não te perdoaremos!
" A imprensa tem dedicado, nas últimas semanas, largas páginas a José Sócrates. A sua psicologia e biografia foram dissecadas ao milímetro. Ficámos a saber que é determinado e impaciente, mas também estudioso e perfeccionista e que não deixa nada ao acaso. Um político profissional. E tudo isto não a propósito de uma qualquer efeméride da vida do primeiro-ministro mas porque faz dois anos que o Partido Socialista conseguiu eleger o primeiro Governo de maioria absoluta. Ou seja, neste momento, o Executivo é Sócrates e mais uns tantos ministros. Ele vale por si só, é um elemento diferenciador tal como Cavaco Silva nos governos do PSD. Passados dois anos, José Sócrates é o vencedor. No PS congelou a oposição interna e é incontestado. No país não tem quem lhe faça sombra. Basta ver as sondagens para verificar que os líderes da oposição ficam muito atrás. E está a liderar um Governo em que a atitude reformista é inegável. Administração Pública, Segurança Social, educação, saúde, ensino superior, justiça, segurança interna - em todas estas áreas o Executivo já começou a mexer. Portanto, o primeiro-ministro não tem razões para estar descontente. Mas também não tem motivos para descansar. A sua postura profissional e atitude reformista não ficarão na história. Os resultados sim. E estes, para já, são sofríveis. A retoma económica é uma certeza puxada pelas exportações, ainda assim insuficiente para colocar Portugal na rota da convergência com o rendimento médio europeu. Pior, as previsões não antecipam alterações nesta realidade até ao final da década. O início deste milénio é o momento mais negro da economia portuguesa desde a década de cinquenta do século passado. A isto junta-se o desemprego ao nível mais alto dos últimos vinte anos e os défices gémeos. O défice externo continua acima de 8% do PIB, reflectindo a dependência nacional face ao exterior, e o défice orçamental está a baixar, mas Portugal deverá ser este ano o único país da União Europeia a furar o Pacto de Estabilidade. Ou seja, com um desequilíbrio das contas públicas acima de 3% do produto.É este quadro que Sócrates tem que virar. As reformas só por si não garantem nada. Tudo está a mexer, é verdade. No entanto ninguém sabe como vão acabar. Portugal está sempre a precisar de reformas estruturais e todos os governos as prometem. Até hoje, no final, ficou tudo praticamente na mesma. Há a célebre frase que encaixa como uma luva ao caso nacional: tudo se altera para que tudo fique na mesma José Sócrates está a viver uma oportunidade histórica. Conseguiu uma maioria absoluta, tem um Presidente da República cooperante e já iniciou as reformas mais difíceis. Viverá agora um dilema. Acelerar a fundo e assumir as consequências. Não há reformas com resultados sem dor. O que poderá ser traumático na Administração Pública, eleitorado natural dos socialistas. Ou então colocar tudo em banho-maria e fazer contas para a garantir a reeleição. A segunda opção é um desperdício. O país ficará na mesma e Sócrates falhará o seu lugar na história. Embora consiga, provavelmente, ficar mais tempo no poder".
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