segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O equívoco do pluralismo, por Manuel Maria Carrilho









Tenho estado algo afastada da blogosfera e de outros palcos mediáticos que verdadeiramente me interessam, mas quer-me parecer que Manuel Maria Carrilho foi o que, arrojadamente, mais longe foi na descrição escrita sobre o que está a passar com a entidade reguladora.
Com as bolsas em queda, quase têm passado despercebidos os episódios rocambolescos a propósito de uma conversa privada entre o primeiro-ministro e o director do Público, no qual a ERC deu imagem de uma entidade desregulada. Numa audição tão importante, o gravador não funcionou, as actas foram truncadas, as versões enviada aos jornais foram corrigidas pelos ouvidos. Enfim, uma confusão, na qual José Manuel Fernandes também não ficou bem na fotografia e deixou que coisa fosse andando.

"A Entidade Reguladora da Comunicação Social (vulgo ERC) apresenta um balanço dos seus primeiros anos de trabalho que é confrangedor: começou sem objectivos claros, depois enrolou-se em querelas sem critério, e hoje vegeta sem autoridade. Não admira, pois, que tenha acabado de contratar uma agência de comunicação para lhe tratar da imagem!... Tudo isto só contribui, infelizmente, para o aumento da impunidade e da desregulação. E para que se multipliquem casos deploráveis, do cada vez mais evidente “agenciamento” de notícias nos “media” até aos mais descarados atentados à isenção e ao pluralismo da informação."

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