terça-feira, 28 de outubro de 2008

Jornalista: quem te fez rei?









Eis um bom exemplo de uma não notícia. É uma pérola publicada há uns dia no “24 horas”. Nas fotos está António Costa (PC Lx), descontraído e acompanhado por uma mulher, que a autora do texto, afirma ser a sua. Se a autora do texto – não a intitulo Jornalista propositadamente -, se tivesse dado ao trabalho de fazer uma simples busca no Google imagens com o nome da mulher de António Costa, teria constatado que, ao contrário do que lhe disseram, Fernanda Tadeu não é Rosália Vargas, Vereadora da CM Lx, ela sim a senhora que acompanha Costa nas ruas de Lisboa.
Provavelmente, a piquena não tem culpa no cartório. O cartório é que devia ter vergonha. Mas a vergonha é coisa de jornalismo dos tempos em que uns malucos de bolsos vazios e trabalho de mouro, primavam por cumprir os princípios de qualquer notícia, mesmo que seja um fait-divers: cruzar a informação para a confirmar.

2 comentários:

Adinatha Kafka disse...

E é gente assim, pseudo-jornalistas, que andam a ocupar os nossos lugares... Não que eu tenha como objectivo trabalhar para o 24horas... antes o desemprego... mas o 24horas é só um exemplo entre muitos de mau jornalismo!!

Beijinho*

João Baptista Pico disse...

Não resisti a comentar o post e o comentário ao post.
A falta de rigor: não suporto!
A crítica interesseira: "e é gente assim,pseudo-jornalistas, que andam a ocupar os nossos lugares...".
Meu Deus!
Quanta soberba! Este comentário vem imbuído de inveja e de egoísmo de tal maneira exarcebado, que só podia acabar no desdém cínico: não que eu quisesse lá trabalhar no 24 horas...
Não fosse o chega para lá que esse lugar é meu, e nunca ouviríamos uma crítica a esta pseudo jornalista. E no anonimato, o que é elucidativo q.b.
Sair à "rua da sardinha", para apelar a um debate amplo (nada de debates fechados entre o amiguismo, do estou contigo, porreiro pá, porque tu é que és meu amigo mesmo que não tenhas ideias...), com outras personalidades diversificadas, talvez fosse um bom começo.Alertava os leitores e elevava a motivação para a boa informação pluralista e de isenção
Critérios muito ausentes dos jornais locais e regionais, para não falar dos nacionais.
Por onde é que anda a generosidade e a entrega às grandes causas. E haverá algum futuro civilizacional sem esses debates a animar a sociedade?!
Comecem a fazer alguma coisa, pela América, parafraseando Kennedy...